O ex-advogado de Donald Trump, Michael Cohen, afirmou durante depoimento nesta segunda-feira (13) ter sido o “faz tudo” do republicano durante anos.
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Assim, a expectativa é de que ele confirme aos jurados ter ajudado o republicano a esconder ilegalmente o dinheiro usado pelo republicano para comprar o silêncio de uma atriz de filmes adultos.
A saber, Cohen era um dos assessores mais próximos de Trump e agora figura como a principal testemunha de acusação no julgamento contra o ex-presidente, que agora entra na 5ª semana de sessões na Corte Criminal do Estado de Nova York.
Ele começou seu depoimento explicando que fez direito por conta dos apelos da própria avó, apesar de “realmente não querer ser advogado”.
Em 2007, Cohen pediu demissão de um escritório de advocacia para fazer parte da incorporadora familiar de Trump. Ele conseguiu o emprego depois de apresentar a Trump uma fatura de US$100 mil relacionada a serviços realizados pela empresa à companhia do republicano.
“Eu fiquei honrado. Fui surpreendido, e aceitei”, disse Cohen, que afirmou também que Trump nunca pagou a fatura apresentada por ele.
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Com isso, por quase uma década, Cohen, 57, trabalhou como executivo e advogado para a empresa de Trump. Ele chegou a dizer que levaria um tiro para salvar o chefe. Trump tenta voltar à Casa Branca e vai concorrer contra o atual presidente, o democrata Joe Biden, nas eleições de 5 de outubro deste ano.
Cohen fez um pagamento de US$130 mil para a estrela pornô Stormy Daniels antes da eleição de 2016, com o objetivo de impedir ela de falar publicamente sobre uma relação sexual que Daniels afirma ter tido com Trump em 2006. Esse pagamento está no centro do julgamento contra Donald Trump.
Cohen afirma que é justo descrever ele como um “faz tudo” de Trump, dizendo que cuidava de “qualquer coisa que ele precisasse”. Ao invés de trabalhar como um advogado corporativo tradicional, Cohen respondia diretamente a Trump e nunca fez parte da banca que prestava serviços para a Trump Organization.
Entre suas tarefas, Cohen renegociou faturas de parceiros de negócio, ameaçava processar pessoas e plantava matérias positivas na imprensa, afirmou ele.
Trump, ele afirma, se comunicava principalmente por telefone ou ao vivo e nunca tinha um endereço de e-mail.
“Ele afirmava que os e-mails são como papéis, e que ele conhecia muitas pessoas que foram presas por conta de e-mails a que procuradores tiveram acesso”, afirma Cohen.
O ex-assessor, que se tornou advogado pessoal quando o republicano assumiu a Presidência em 2017, se desvencilhou dele quando procuradores federais investigando Trump passaram a focar no papel de Cohen. Ele se tornou um dos críticos mais vocais de Trump, frequentemente atacando ele nas redes sociais ou em podcasts.
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