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    Irmã de mulher morta pelo próprio filho publica desabafo após prisão do sobrinho em MG

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    Mariusa de Quadra, irmã de Márcia Lanzane, de 44 anos, publicou nas redes sociais um desabafo após a prisão de seu sobrinho, Bruno Eustáquio Vieira, nesta última segunda-feira (8).

    Bruno, de 23 anos, é acusado de matar a própria mãe em dezembro de 2020. “Sua hora chegou desgraçado, falei que íamos te pegar”, escreveu Mariusa.

    O jovem foi preso pela Polícia Militar de Minas Gerais em Belo Horizonte. Ele foi flagrado por câmeras de segurança da casa onde morava com a mãe no Guarujá, em São Paulo.

    As imagens mostram uma luta corporal entre os dois. Na sequência, eles caem no chão, e Bruno esgana a mãe.

    O vídeo ainda mostra Bruno verificando os batimentos cardíacos da mãe e, logo depois, voltando para a sala para assistir à televisão.

    O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decretou a prisão de Bruno por homicídio doloso (quando há intenção de matar) em junho de 2021, e desde então ele estava foragido.

    Márcia morreu em 21 de dezembro, no dia do aniversário da irmã. Após a prisão do sobrinho, Mariusa escreveu: “O presente que você me deu no dia do meu aniversário estou te devolvendo hoje como presente adiantado.”

    Herança

    Segundo denúncia do Ministério Público, Bruno teria matado a própria mãe por interesse na herança que ela deixaria. Durante a investigação, testemunhas relataram que Bruno começou a sair com amigos de alto poder aquisitivo e a frequentar festas e restaurantes caros. Ele e a mãe brigavam constantemente porque Márcia não conseguia arcar com os gastos do filho.

    “Insatisfeito em não ver seus anseios materiais atendidos, o denunciado decidiu matar a vítima com o objetivo de ter para si todo o patrimônio da genitora em herança, além da obtenção de valores de eventuais seguros”, apontou o MP após investigação da Polícia Civil. Entre outros pedidos, Bruno falava para a mãe vender ou alugar a casa por ter vergonha do bairro onde moravam.

    Versões conflitantes

    Na primeira versão dada à polícia, Bruno disse que a mãe tinha sofrido um acidente e que ele a havia encontrado morta em seu quarto, diferentemente do que mostraram as imagens de monitoramento – o vídeo foi encontrado pelas autoridades no forno do fogão da casa. Em um segundo depoimento, Bruno afirmou que a morte foi acidental, dizendo que empurrou a mãe durante uma discussão e que ela teria caído e batido a cabeça. Contudo, o laudo da perícia apontou morte por asfixia mecânica.

    As imagens de monitoramento mostram que, após sufocar e socar a própria mãe, Bruno foi assistir à televisão. “De todo o apurado, o bárbaro crime praticado se desenvolveu de forma manifestamente premeditada, tendo o denunciado demonstrado extrema frieza ao ceifar a vida de sua mãe, passar a noite na casa com o cadáver ao solo e promover verdadeiro teatro para comunicar a morte”, apontou o Ministério Público.

    Defesa do acusado

    A defesa de Bruno nega as acusações feitas pelo MPSP. O advogado do suspeito, Anderson Real, afirma que a hipótese apresentada de que Bruno queria conseguir o valor do seguro não foi comprovada. “Não há nenhum documento nesse sentido no processo. O Bruno nega veementemente essa hipótese. O único bem que a mãe possuía era a casa e um carro”, alega. Ele ainda afirma que tentará revogar o pedido de prisão e que, caso não consiga, Bruno pensa em se entregar à polícia.

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