O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que mais um ministério está sendo considerado para cortes no orçamento do governo, conforme parte de um esforço para reduzir os gastos. Embora não tenha especificado qual pasta seria afetada, ele indicou que a proposta deverá ser aceita ou rejeitada até quarta-feira (13).
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“O presidente pediu para incluir um ministério nesse esforço, e a negociação deve ser concluída até quarta-feira. Não vou adiantar qual ministério, pois não sei se haverá tempo hábil para incluir o pedido dele, mas acredito que haverá boa vontade para incorporar essa medida a mais”, declarou Haddad ao sair do Ministério da Fazenda nesta segunda-feira (11).
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Embora o ministro tenha se recusado a identificar qual ministério seria impactado, o Ministério da Defesa é o único entre os seis maiores orçamentos da Esplanada que não participou das reuniões com o presidente Lula.
Haddad explicou que os preparativos para o anúncio das medidas já estão sendo feitos e encaminhados à Casa Civil. A partir de agora, a pasta dependerá da análise dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), antes de seguir para o Congresso Nacional.
O governo planeja enviar as medidas ao Congresso por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um projeto de lei complementar. Lula pretende ouvir os presidentes das casas legislativas antes de qualquer anúncio.
“Amanhã [terça-feira], à tarde, teremos uma reunião com o presidente [Lula] sobre o encaminhamento para o Congresso. Na quarta-feira, vamos receber, ou não, o sinal verde para essa requisição do presidente”, afirmou Haddad.
O ministro estima que a proposta será encaminhada ao Congresso até quinta-feira (14).
Em relação aos cortes já discutidos, Haddad afirmou que as reuniões com as Pastas da Saúde, Educação, Previdência, Trabalho e Desenvolvimento Social, que concentram a maior parte do orçamento federal, foram concluídas. Ele também mencionou que houve uma reunião ministerial no domingo (10), com a participação do presidente no Palácio da Alvorada.
Nesta segunda-feira, Haddad se reuniu novamente com o presidente Lula no Palácio do Planalto, sem prévia divulgação da agenda.
O pacote de corte de gastos, aguardado desde o final do segundo turno das eleições de outubro, tem gerado grande expectativa no mercado financeiro, que acompanha de perto os impactos dessas medidas. A falta de clareza sobre os detalhes das propostas afetou negativamente os indicadores econômicos, com o dólar superando as máximas dos últimos quatro anos e o Ibovespa retornando aos níveis de três meses atrás.
O dólar fechou o dia com alta de 0,58%, cotado a R$ 5,771.
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