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    Julgamento de Moro é suspenso após pedido de vista

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    A sessão que analisa duas ações movidas pelo PT e pelo PL contra Sergio Moro (União Brasil-PR) foi novamente adiada nesta última quarta-feira (3), após o desembargador Eleitoral José Rodrigo Sade votar pela cassação e inelegibilidade de Moro por oito anos. 

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    A desembargadora Claudia Cristofani solicitou mais tempo para análise, pedindo vista das ações, e o julgamento foi marcado para ser retomado na próxima segunda-feira (8).

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    O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) iniciou a votação com o desembargador Sade, que se posicionou contra o voto do relator, Luciano Carrasco Falavinha, optando pela cassação e pela inelegibilidade de Moro. Com isso, antes da pausa, o placar ficou empatado em 1 a 1.

    Conforme o site Metrópoles, Cristofani justificou seu pedido de vista alegando a complexidade do caso e a necessidade de uma análise mais aprofundada. Sigurd Roberto Bengtsson, presidente do TRE-PR, expressou sua expectativa de concluir o julgamento na próxima sessão agendada para segunda-feira.

    No seu argumento, Sade apontou que Moro cometeu abuso de poder econômico devido ao expressivo financiamento recebido durante a campanha presidencial pelo Podemos. Ao desviar sua candidatura para o Senado pelo União Brasil, Moro teria se beneficiado desproporcionalmente, desequilibrando a disputa eleitoral. O desembargador enfatizou que os gastos elevados, suportados por recursos públicos, demonstram que Moro não atuou dentro dos limites legais de pré-campanha.

    “A evidência do abuso é clara, comprometendo a igualdade da competição e afetando a integridade do pleito. A prevalência do poder econômico sobre os demais valores acarreta prejuízos à democracia”, enfatizou Sade.

    As Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) movidas pelo PT e pelo PL acusam Moro de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha eleitoral de 2022, além de práticas de caixa dois.

    Caso os desembargadores do TRE-PR julguem as acusações válidas, Moro poderá ter sua candidatura cassada e ficar inelegível por um período de oito anos.

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