Um relatório da Polícia Federal (PF) sobre o caso Marielle revela trechos de depoimentos do miliciano Orlando Curicica, onde é mencionada uma rotina de pagamento de propinas para a Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, visando obstruir investigações de assassinatos.
Entre os presos por suspeita de serem mandantes da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes está o delegado Rivaldo Barbosa. Segundo a PF, Barbosa estaria envolvido em um esquema criminoso enquanto estava à frente da Delegacia de Homicídios.
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Curicica relatou que a referida delegacia recebia mensalmente entre R$ 60 mil e R$ 80 mil, além de remessas adicionais, para evitar investigações sobre execuções relacionadas às milícias no Rio de Janeiro.
Além disso, Curicica mencionou outros casos de assassinatos que não foram investigados devido ao pagamento de propinas à polícia, como o assassinato do presidente da Portela, Marcos Falcon, em setembro de 2016, e o duplo homicídio do contraventor Heylton Carlos Gomes Escafura e de sua esposa, ocorrido em junho de 2016 no Hotel Transamérica, na Barra da Tijuca.
Além do delegado Rivaldo, foram presos no domingo (24/3), por suspeita de serem mandantes da morte de Marielle, o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio.
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