O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ofereceu a seus ministros e “a quem quisesse” um inquérito sigiloso da Polícia Federal (PF) sobre as urnas eletrônicas.
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O vazamento do documento, em julho de 2021, foi o estopim para uma investigação da PF que chegou ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe da ajudância de ordem da Presidência.
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O vídeo da reunião ministerial em que Bolsonaro ofereceu o inquérito foi encontrado em um computador apreendido na residência de Cid.
A investigação, que culminou em uma operação nesta quinta-feira (8), cumpriu mandados de prisão e busca contra alvos próximos ao ex-presidente e que teriam arquitetado uma tentativa de golpe.
O inquérito vazado apurava um ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Cid vazou o documento para Bolsonaro, que o utilizava para questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas, mesmo após o delegado do caso negar ter encontrado indícios de fraude.
A divulgação do inquérito por Bolsonaro em uma live em agosto de 2021 deu início a uma investigação sobre o vazamento. A partir dessa apuração, a PF colheu provas que revelaram um esquema de: Mudança no cartão de vacinas de Bolsonaro;
Desvio de presentes entregues à Presidência; e a Tentativa de golpe de Estado.
O vazamento do inquérito sigiloso por Bolsonaro e as descobertas subsequentes da PF configuram um grave ataque à democracia brasileira. As investigações em curso devem ser concluídas e os responsáveis punidos de acordo com a lei.
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