O coletivo de hackers conhecido mundialmente por “Anonymous” reivindica autoria por ataques cibernéticos à Rússia, nesta última terça-feira (15). Essa não é a primeira vez que o grupo toma medidas contra o governo russo, em ofensiva à guerra. Desta vez o ataque visou sites governamentais, inclusive o FSB, serviço de inteligência russo, derivado da KGB. Os hackers afirmam ter acessado o Centro Analítico do Governo da Federação Russa e o Ministério do Esporte da Federação Russa, além do Serviço Especial.
O grupo vazou correspondências privadas, que eles alegam ser de uma conversa entre o presidente, Vladimir Putin e o Ministro da defesa russo Sergei Shoigu, abordando planos para derrubar florestas ucranianas e lucrar com isso. Os detalhes foram publicados no Twitter do coletivo e mostram trechos das conversas. Ao fim, direcionaram ao presidente um palavrão em russo. O Anonymous afirmou ter liberado mais de 34 mil arquivos da Agência Federal Roskomnadzor, e publicou documentos classificados como secretos em um site para livre acesso e download.
Por meio dos documentos expostos foi possível notar o já esperado: Putin está censurando qualquer coisa relacionada à invasão da Ucrânia. Ele segue chamando de “Operação militar especial”. A intenção do grupo é que os russos tenham acesso às informações que lhes cabem, uma vez que o governo os impede disso. Na Rússia, as palavras “guerra”, “invasão” e “ataque” foram proibidas de serem utilizadas por veículos da mídia para descrever as ações militares. Existe o temor de que a Rússia seja cortada da internet mundial, e o grupo garante que as informações colhidas no ataque serão armazenadas e difundidas, para que todos tenham acesso. Os sistemas de internet em solo russo estão sendo adaptados para impedir ataques hackers, e o governo russo afirma que todas as medidas são exclusivas para tal.