More

    Claudia Leitte é investigada por possível racismo religioso; entenda a treta que envolve Ivete Sangalo

    Data:

    O Ministério Público da Bahia (MP-BA) instaurou um inquérito civil para investigar a cantora Claudia Leitte por possível racismo religioso. A investigação foi aberta após a artista modificar a letra de uma música que tradicionalmente homenageia Iemanjá, orixá das religiões afro-brasileiras, durante uma apresentação.

    ++Claudia Raia ganha joia produzida com seu leite materno

    A denúncia foi feita pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro e pelo Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro). O caso está sendo analisado pela Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa.

    ++Filho de Preta Gil atualiza estado de saúde de cantora após cirurgia de 18 horas

    A promotora Lívia Sant’Anna Vaz explicou que o objetivo do procedimento é investigar a responsabilidade civil da cantora por uma possível violação de bem cultural e dos direitos das comunidades religiosas de matriz africana. O MP-BA também avalia a possibilidade de responsabilização criminal de Claudia Leitte.

    Sobre o caso, o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, criticou a alteração na letra da música “Caranguejo”, na qual a saudação a Iemanjá foi substituída por uma referência a Jesus. Tourinho classificou a atitude como racismo, destacando a apropriação cultural e o desrespeito à cultura afro-brasileira, especialmente durante as comemorações dos 40 anos do Axé Music.

    A cantora Ivete Sangalo curtiu a publicação de Tourinho, indicando apoio à crítica, mas não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Claudia Leitte, por sua vez, ainda não comentou a polêmica.

    Na versão original da música, a letra dizia: “Joga flores no mar. Saudando a rainha Iemanjá”. Após a alteração feita pela artista, passou a ser: “Joga flores. Canto meu rei Yeshua”.

    A crítica de Tourinho ressaltou a contradição entre o uso da cultura afro-brasileira para fins comerciais e o desrespeito demonstrado pela mudança na letra da música, reforçando a necessidade de respeito à cultura e às religiões de matriz africana.

    “Quando um artista que se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e a cultura, reverencia a percussão e musicalidade, faz sucesso e ganha dinheiro com isso, mas, de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo, e é o surreal e explícito reforço do que houve de errado naquele tempo”, afirmou Tourinho.

    Não deixe de curtir nossa página no Facebook e também no Instagram para mais notícias do JETSS.

    Mais Recentes

    Translate »