A professora de biologia Márcia Mortari, da Universidade de Brasília (UnB), sempre pesquisou a natureza em busca de tratamentos para doenças. Após ser diagnosticada com câncer de mama há cinco anos, seu foco passou a ser o combate ao câncer.
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“Desde que enfrentei o câncer, as pesquisas ganharam um novo significado. Trabalho para encontrar novos tratamentos, como uma pequena vingança contra a doença”, diz Mortari.
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Recentemente, ela e sua equipe descobriram que o veneno do marimbondo Chartergellus communis tem propriedades antitumorais. Em laboratório, a substância conseguiu destruir células de câncer de mama e melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele.
A pesquisa revelou que a proteína chartergellus-CP1, presente no veneno, é eficaz contra subtipos de câncer de mama, incluindo o HR+ e o triplo negativo, um dos mais difíceis de tratar. Os primeiros resultados foram publicados em 2022 na revista Toxicology, e a equipe segue em contato com farmacêuticas para avançar nos testes.
Além disso, o veneno também demonstrou eficácia contra células de melanoma em estudos de laboratório, conforme detalhado em pesquisa publicada na revista Biochimie em janeiro deste ano.
Mortari também se dedica a tornar o tamoxifeno, um medicamento usado no tratamento do câncer de mama, mais tolerável para as pacientes, visando reduzir efeitos colaterais como ondas de calor, queda de cabelo e dores musculares. “Ganhei uma nova chance de vida após meu tratamento, e isso me motiva a ajudar outras mulheres que enfrentam a mesma batalha”, conclui a professora.
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