A vacina Shingrix, utilizada para prevenir o herpes-zóster, também conhecido como cobreiro, pode reduzir o risco de demência em 17% nos seis anos seguintes à vacinação, de acordo com um estudo publicado na última quinta-feira (25) na revista Nature Medicine. A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade de Oxford e revelou que a proteção é mais pronunciada em mulheres.
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O herpes-zóster é causado pela reativação do vírus da catapora, varicela-zóster, e é mais comum em pessoas com mais de 50 anos. A doença provoca lesões na pele, febre, dor de cabeça, mal-estar, dores nos nervos e uma sensação de formigamento ou agulhadas.
O estudo analisou dados de 200 mil participantes americanos, extraídos do banco de dados TriNetX. Os resultados mostraram que a Shingrix, desenvolvida pela farmacêutica GSK, reduz o risco de demência em 17% em comparação com a vacina Zostavax, da MSD. A proteção foi ainda mais significativa, com uma redução de 23% a 27% no risco de demência quando comparada com outras vacinas contra herpes-zóster.
Os pesquisadores estimam que, ao receber a vacina Shingrix, os pacientes ganham de 5 a 9 meses a mais de vida sem demência em comparação com aqueles que receberam outras vacinas.
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John Todd, professor da Universidade de Oxford e um dos autores do estudo, explica: “Uma possibilidade é que a infecção pelo vírus Herpes zoster possa aumentar o risco de demência, e ao inibir o vírus, a vacina pode reduzir esse risco. Alternativamente, a vacina pode conter componentes que têm efeitos benéficos na saúde do cérebro.”
Embora os resultados sejam promissores, os pesquisadores destacam a necessidade de mais estudos antes de considerar a vacina Shingrix como uma medida preventiva para a demência.
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