A semana foi desanimadora para os principais lançamentos dos cinemas americanos. “Branca de Neve”, nova versão do clássico da Disney, até liderou a bilheteria, mas com números muito abaixo das expectativas.
Com isso, o longa arrecadou apenas US$43 milhões no primeiro fim de semana, ficando bem distante dos US$95 milhões conquistados por “A Pequena Sereia” no ano passado.
Assim, até “Dumbo”, que teve um desempenho considerado morno em 2019, obteve uma estreia superior, com US$46 milhões.
O gênero de princesas da Disney tem obtido níveis variados de sucesso, disse o analista da Comscore, Paul Dergarabedian, em parte devido às mudanças no interesse do público e à saturação de remakes.
“Pode haver um certo cansaço em relação a esses live-action de filmes animados clássicos”, afirmou.
Também não ajudou o fato de que “Branca de Neve” chamou a atenção por razões negativas antes de seu lançamento.
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O musical infantil acabou no centro de uma guerra cultural devido à escolha de Rachel Zegler, atriz americana de ascendência colombiana, para o papel principal, e à escalação de Gal Gadot, que cumpriu serviço militar obrigatório no exército israelense, como a Rainha Má, em meio ao conflito Israel-Hamas.
Além disso, a reinterpretação dos Sete Anões como criaturas mágicas gerou críticas do ator Peter Dinklage, de “Game of Thrones”.
É provável que a escalação de Zegler tenha prejudicado “Branca de Neve” e gerado distrações, disse Gross. Ele afirmou que parte do público prefere histórias novas e originais que destacam personagens diversos, em vez de mudanças em personagens já existentes em remakes.
No entanto, é improvável que as controvérsias tenham impactado o público-alvo do filme: famílias e jovens garotas, disse Shawn Robbins, diretor de análise do Fandango e fundador do Box Office Theory.
“O público casual vê um trailer ou ouve falar de um filme e decide se quer assisti-lo com base em como se sente sobre ele”, afirmou.
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