O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou, nesta última quinta-feira (20), que a reforma do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) não afetará a arrecadação de estados e municípios. A medida prevê o aumento da faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil, o que beneficiará cerca de 16 milhões de brasileiros.
++Isenção do IR de até R$ 5 mil pode causar impacto bilionário nas contas do governo; entenda o motivo
A isenção vai gerar uma renúncia fiscal prevista em R$ 25,84 bilhões, que será financiada por meio da taxação de cerca de 141,3 mil pessoas que ganham mais de R$ 50 mil por mês, ou seja, 0,13% de todos os contribuintes do país. Esses indivíduos terão que pagar uma alíquota mínima de 10% sobre sua renda.
++Fernando Haddad se pronuncia sobre taxação de aço e alumínio imposta pelos EUA
O projeto também cria um desconto parcial para aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, reduzindo o valor pago atualmente. Além disso, a tributação sobre altas rendas atingirá apenas 0,13% dos contribuintes e apenas 0,06% da população.
Haddad destaca que a compensação sobre a arrecadação do governo será garantida, pois a medida não afetará a receita de estados e municípios. “Nós não estamos abrindo mão da receita porque nós estamos cobrando dos super ricos que não pagam”, explicou.
O ministro defende que a medida é justa e que beneficiará os trabalhadores da classe média, que têm imposto de renda descontado na folha de pagamento. “Eu tenho certeza que mesmo a extrema-direita não vai ter argumento para não aprovar essa medida”, disse.
Caso seja aprovada pelo Congresso, as mudanças só valerão a partir de 2026. Atualmente, a isenção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física beneficia apenas quem ganha até R$ 2.259,20.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook e também no Instagram para mais notícias do JETSS.