Em um depoimento à Polícia Civil, Zeli dos Anjos, sogra de Deise Moura dos Anjos, acusada de envenenar a farinha de um bolo de reis que resultou em três mortes em Torres (RS), revelou um histórico de desavenças com a nora e descobriu que era conhecida como “Naja” por Deise.
Zeli contou que descobriu através de sua cunhada, Regina, que Deise a chamava de “Naja” (uma referência à serpente) pelas costas. No entanto, Deise nunca a chamou de “Naja” pessoalmente. Zeli também afirmou que Deise tinha ciúmes dela e copiava seu jeito de se vestir e se arrumar, além de comprar sapatos e acessórios iguais.
A sogra explicou que decidiu fazer o bolo de reis no dia 23 de dezembro, após lembrar de seu marido falecido, Paulo, que a polícia suspeita ter sido vítima de leite em pó envenenado por Deise.
Zeli disse que comprou ingredientes no mercado e usou farinha que estava embaixo da pia, passas pretas e frutas cristalizadas que já estavam em casa. Ela também afirmou que esqueceu de colocar fermento no bolo e que o glacê foi feito com açúcar que tinha em casa.
Zeli disse que achou a farinha estranha, mas pensou que era de baixa qualidade por ser de doação e de uma marca desconhecida. Ela afirmou que peneirou a farinha, mas não sentiu odor diferente e não experimentou a massa do bolo.
A família se reuniu no apartamento de Maida, irmã de Zeli, em Torres, para comemorar o Natal. Além de Maida, outra irmã de Zeli, Neuza, morreu na madrugada do dia 24 de dezembro após ingerir o bolo com arsênio. Tatiana, sobrinha de Zeli, também morreu após ser hospitalizada. O sobrinho-neto, Matheus, e Zeli foram hospitalizados e receberam alta posteriormente.
A investigação da polícia aponta que Deise seria o principal alvo de Zeli, e que a nora teria colocado o veneno (arsênio) na farinha. Zeli, no entanto, sobreviveu ao ingerir o bolo envenenado. O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil.
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