Um estudo da USP revelou que o leite materno de mulheres em São Paulo está contaminado por metais como arsênio, chumbo e mercúrio.
A pesquisa, que analisou amostras de 185 mães, mostrou que 38,6% tinham arsênio, 23,9% mercúrio e 22,8% chumbo no leite. A exposição ao chumbo foi associada a atrasos no desenvolvimento da linguagem dos bebês.
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Os pesquisadores destacam que os bebês são mais vulneráveis à absorção de metais devido à imaturidade do sistema digestivo e do cérebro. O chumbo pode causar danos cognitivos e linguísticos, reforçando a necessidade de revisar os níveis aceitáveis de metais em amostras humanas.
Apesar dos achados, autoridades de saúde reiteram a importância da doação de leite materno, essencial para salvar vidas de bebês prematuros e de baixo peso.
O Brasil possui 225 bancos de leite humano e 217 postos de coleta. A doação pode ser feita por mulheres saudáveis e que não tomem medicamentos que interfiram na amamentação.