Com a retirada de tropas russas dos arredores de Kiev (29/03), os alvos russos estão no leste da Ucrânia. Os bombardeiros russos se intensificaram na região, e a “operação militar especial” para derrubar o governo ucraniano, se concentra na construção de um corredor que liga a Crimeia a Luhansk e Donetsk. Locais já dominados por grupos pró-Rússia. Hoje (11) o Chanceler austríaco, Karl Nehammer, esteve reunido com o presidente russo pessoalmente. O intuito era pedir novos corredores humanitários, um acordo pelo cessar-fogo e investigação rígida sobre os possíveis crimes de guerra cometidos.
Segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido, as cidades de Mariupol e Mykolaiv são as mais visadas pelo Kremlin. O ataque à estação ferroviária de Kramatorsk na última sexta (08) fez com que moradores da região buscassem outras formas de escapar. O presidente ucraniano classificou o ataque como o mais recente exemplo de crime de guerra cometido pelos russos. Ele também disse que o ocorrido deveria fazer com que os países ocidentais enviassem mais ajuda.
Diante do bombardeio, a cidade de Odessa estabeleceu um toque de recolher. Dez corredores humanitários para retirada de civis de áreas de risco foram negociados no fim de semana. Mesmo assim, não ficou claro se as pessoas chegaram ao destino final. Mais de 150.000 pessoas seguem em Mariupol sem conseguir sair, e sem acesso a serviços básicos. A cidade está sob constante ataque desde o início da invasão em 24 de fevereiro, e diversas tentativas de retirar civis não foram bem sucedidas.