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    Como investir na Amazon com corretagem zero

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    Segundo uma pesquisa publicada no último mês de agosto pela B3, o número de investidores no Brasil teve relevante crescimento no primeiro semestre deste ano: 43% em relação ao mesmo período de 2020. Ao todo, atualmente, a Bolsa de Valores possui 3,8 milhões de investidores com contas de pessoas físicas. Um número ainda pequeno, comparado com o número de habitantes no país, que passa de 213 milhões.

    Ainda de acordo com os dados divulgados pela B3, ações e fundos imobiliários são os primeiros ativos adquiridos pelos novos investidores. Instrumentos financeiros como BDRs e ETFs tampouco ficam de fora da carteira de investimentos, e um dos motivos é a crescente disponibilidade de informações sobre esses ativos, voltados para a exposição dos investimentos aos mercados internacionais, especialmente dos Estados Unidos.

    Entre os ativos internacionais estão as ações da Amazon, a gigante fundada pelo bilionário Jeff Bezos. A aquisição dessas ações pode ser feita de maneira direta (comprando uma cota ou um fragmento dela) ou indireta (por meio de um ETF). Porém, por ser um ativo internacional, muitos investidores iniciantes acreditam que, para adquiri-lo, precisarão pagar mais comissões. Felizmente, é possível investir em ações com corretagem zero, como as da Amazon, e construir uma carteira de longo prazo.

    O que significa corretagem zero?

    Entre os anúncios veiculados pelas maiores corretoras brasileiras, estão os que prometem corretagem zero para os investidores. Basicamente, a corretagem zero significa que as corretoras não cobrarão taxas pela compra e venda de instrumentos financeiros realizadas pelo investidor. Essa tem sido uma tendência nos últimos anos, já que, inicialmente, esse tipo de taxa era cobrado.

    Porém, a corretagem zero não significa inexistência total de taxas para os investidores. Assim, é preciso estar atento às cobranças relacionadas, por exemplo, à custódia, fundos de investimentos, day trade e o Imposto de Renda.

    Na Bolsa de Valores brasileira, os fundos imobiliários são o exemplo mais conhecido de ativos cujos dividendos (parte do lucro obtido pelas empresas e distribuídos aos possuidores de suas cotas) não são tributados. No início de setembro, porém, essa ausência de tributação dos fundos imobiliários esteve seriamente ameaçada. Entretanto, as novas tributações, de acordo com a reforma tributária, recairão, especialmente, sobre os dividendos de ações: 15% de taxa. Ativos como fundos imobiliários e de renda fixa permanecem isentos da cobrança de imposto de renda.

    Compra de ativos dos mercados internacionais

    A alocação diversificada dos investimentos é uma das práticas mais recomendadas para os investidores. Essa diversificação está relacionada aos setores de empresas, tipos de ativos e, logicamente, países. Manter o capital investido em ativos de uma mesma moeda deixa a carteira exposta aos eventos de volatilidade. Essa volatilidade, ou variação dos preços, pode ser causada, entre outros fatores, por eventos políticos, especialmente no Brasil.

    Um bom exemplo foi o comportamento do preço dos ativos negociados no Ibovespa após o discurso do presidente Jair Bolsonaro, em 7 de setembro. Os 3,78% de queda da Bolsa, naquele dia, são apenas um dos diversos exemplos da influência que a política pode ter no mercado financeiro. Por isso, ter uma parcela da carteira investida em ativos de países como os Estados Unidos, por exemplo, cujo mercado financeiro é mais estável (além de mais variado que o brasileiro) protege os investimentos.

    Investir em ativos como ações do mercado norte-americano tem sido cada vez mais fácil e popularizado entre os investidores mais iniciantes. A maioria das grandes corretoras para brasileiros disponibilizam taxas de corretagem zero para compras de ações, BDRs e ETFs. Dessa forma, contar com a Amazon, Facebook ou Google na carteira (de modo direto, pela compra de ações, ou de maneira indireta e diluída, pela compra de ETFs) tem como custo apenas o preço do ativo.

    Considerações finais

    Com as facilidades oferecidas aos investidores e a ampliação do número de conteúdos de educação financeira, mais brasileiros têm encontrado nos investimentos uma forma de construção responsável e sólida de seus patrimônios.

    Uma dessas formas é a compra diversificada de instrumentos financeiros, e com corretagem zero. Diversificar os investimentos (entre setores, tipos de ativos e países) é a melhor forma de proteger a carteira contra eventos que, em menor ou maior grau, afetam o desempenho do mercado, como uma pandemia ou conflitos políticos no país.

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