O governo do Talibã, no Afeganistão, anunciou mais uma medida polêmica no último sábado (28).
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A nova determinação proíbe a instalação de janelas em residências que permitam a visibilidade de áreas internas onde mulheres possam estar presentes, como pátios, cozinhas e poços comunitários.
Com isso, a justificativa, segundo os talibãs, é evitar situações que possam levar a comportamentos considerados “obscenos”.
Zabihullah Mujahid, porta-voz do governo, afirmou que a regra se aplica a imóveis construídos a partir de agora.
Caso as residências já possuam janelas com visibilidade para esses espaços, os proprietários foram orientados a erguer muros ou instalar barreiras que bloqueiem a visão, com o objetivo de “preservar a privacidade das famílias”.
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Desde que retomaram o poder em 2021, os talibãs têm implementado diversas normas que restringem a presença e a participação das mulheres na sociedade afegã.
Assim, essas medidas incluem a proibição de frequentar espaços públicos como parques, academias e salões de beleza, além da exclusão do ensino médio e superior.
Organizações internacionais, como as Nações Unidas, têm classificado essas ações como um “apartheid de gênero”. Críticas também recaem sobre a proibição de mulheres recitarem poesias ou cantarem, o que levou estações de rádio e TV a retirarem vozes femininas de suas programações.
Enquanto isso, o governo talibã insiste que as normas refletem os preceitos da lei islâmica e têm como objetivo proteger os direitos da população. A comunidade internacional, no entanto, segue pressionando por mudanças e pelo respeito aos direitos das mulheres no país.
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