O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs nesta quinta-feira (19) um “duelo” de mísseis com os Estados Unidos, sugerindo que um teste prático demonstraria a capacidade do novo míssil balístico hipersônico Oreshnik da Rússia de superar qualquer sistema de defesa antimísseis dos EUA.
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Em resposta ao ceticismo ocidental sobre o Oreshnik, Putin sugeriu que ambos os lados selecionassem um alvo designado para ser protegido pelos mísseis dos EUA e que a Rússia disparasse contra esse alvo. “Estamos prontos para tal experimento”, declarou o presidente russo, enfatizando que o Oreshnik, embora uma arma moderna, é baseado em desenvolvimentos de design anteriores da Rússia.
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A Rússia realizou o primeiro teste do míssil Oreshnik em 21 de novembro, disparando-o contra a cidade ucraniana de Dnipro. O lançamento foi uma resposta ao uso pela Ucrânia de mísseis balísticos ATACMs dos EUA e Storm Shadows britânicos em ataques ao território russo, com permissão do Ocidente.
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que começou com a invasão russa em fevereiro de 2022, continua a gerar grandes tensões internacionais. A Rússia entrou no território ucraniano a partir de três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, aliado do Kremlin. Apesar dos avanços iniciais, os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, embora a cidade tenha sido atacada.
O conflito gerou sanções econômicas severas por parte do Ocidente, e em outubro de 2024, a guerra alcançou um ponto crítico. As tensões aumentaram quando Putin ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque à Ucrânia, com ogivas convencionais, mas com a capacidade de carregar material nuclear. Esse lançamento ocorreu após a Ucrânia realizar uma ofensiva no território russo, usando armamentos fornecidos por potências ocidentais.
Além disso, a inteligência ocidental acusou a Rússia de usar tropas da Coreia do Norte no conflito, embora Moscou e Pyongyang não confirmem nem neguem a alegação.
Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, afirmou que as forças russas estão avançando com mais eficácia e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, sem fornecer detalhes específicos.
Por sua vez, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acredita que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, que os ucranianos controlam parcialmente desde agosto.
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