O planeta está aquecendo e, se nada for feito, a vida na Terra pode se tornar insustentável. Pesquisas indicam que as ondas de calor podem se tornar cada vez mais intensas no futuro e até mesmo mais mortais, tornando o planeta um ambiente hostil.
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Com isso, pesquisas recentes apontam que eventos climáticos extremos, como as ondas de calor, serão cada vez mais frequentes e intensas. Elas ocorrem quando a temperatura fica, pelo menos, 5ºC acima da média por mais de cinco dias seguidos.
Esse aumento da temperatura está intimamente relacionado com a umidade do ar: quanto mais seco, mais quente. A saber, no Brasil, até outubro de 2024, todos os meses tiveram ondas de calor.
Estimativas da Organização Meteorológica Mundial (OMM) apontam que, entre 2024 e 2028, as temperaturas médias globais podem ser entre 1,1°C e 1,9°C mais altas do que a média do período pré-industrial (1850-1900).
É provável que a marca simbólica de 1,5°C, do Acordo de Paris, exceda em 80% em um dos próximos cinco anos, marcando uma aceleração preocupante no ritmo do aquecimento global.
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As previsões preocupam, uma vez que, com o aumento da temperatura, o corpo humano perde sua capacidade de se resfriar — algo essencial para a vida.
Em pesquisa publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, da Academia Nacional dos Estados Unidos, em 2010, os pesquisadores Matthew Huber e Steven Sherwood, descreveram como a temperatura de bulbo úmido (wet-bulb temperature, TW), que combina calor e umidade, é fundamental para determinar a capacidade do corpo humano de dissipar calor.
Quando a TW excede os 35°C por períodos prolongados, o corpo humano não consegue resfriar-se adequadamente, levando à hipertermia. Nessas condições, a temperatura corporal sobe rapidamente, causando falência de órgãos e morte.
A pesquisa destaca que, embora já existam regiões do planeta com temperaturas altíssimas, como os desertos, a baixa umidade desses lugares permite que o suor evapore e mantenha o corpo resfriado.
O problema ocorre em regiões tropicais e subtropicais, onde a combinação de calor extremo e alta umidade elimina essa capacidade de resfriamento. Atualmente, os valores máximos de TW observados raramente ultrapassam 31°C.
No entanto, um estudo indica que um aumento global médio de 7°C seria suficiente para que algumas regiões do planeta começassem a atingir o limite de 35°C da TW, cenário no qual as ondas de calor ultrapassaram os limites fisiológicos de sobrevivência, oferecendo riscos até mesmo a indivíduos saudáveis.
O mesmo estudo estima ainda que a queima contínua de combustíveis fósseis pode levar a um aquecimento médio global de até 12°C nos próximos séculos.