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    Por que astronautas jamais poderão pousar no maior planeta do Sistema Solar? Entenda

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    Há mais de meio século, a humanidade deu seus primeiros passos fora da Terra ao chegar à Lua. Desde então, o desejo de explorar novos mundos segue firme. Cientistas buscam incessantemente formas de ampliar as fronteiras espaciais, seja com planos para retornar à Lua, seja aventurando-se em planetas mais distantes. Entretanto, um destino continua além de qualquer possibilidade: Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar.

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    Apesar de sua grandiosidade, Júpiter é completamente inóspito. Formado por gases e líquidos — principalmente hidrogênio e hélio — em movimento constante, ele não possui superfície sólida, diferentemente dos planetas rochosos como Terra, Vênus, Marte e Mercúrio.

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    As condições no planeta são extremas: ventos que alcançam 539 km/h e uma pressão atmosférica esmagadora tornam impossível qualquer exploração direta. Segundo a NASA, a pressão em seu interior equivale a 100 milhões de atmosferas terrestres — o mesmo que suportar o peso de dois prédios do Empire State sobre cada centímetro quadrado.

    A sonda Juno, enviada em 2011, trouxe mais informações sobre sua composição. O núcleo de Júpiter pode ser composto por material dissolvido, em vez de sólido, formando uma estrutura difusa cercada por densas camadas de gases e líquidos. Esses fatores tornam Júpiter não apenas inabitável, mas também impraticável para qualquer tipo de pouso humano ou de espaçonaves.

    Se Júpiter é proibitivo, uma de suas luas, Europa, apresenta um cenário muito mais promissor. Descoberta por Galileu Galilei no século XVII, Europa é uma das 95 luas confirmadas de Júpiter e destaca-se por suas características intrigantes.

    Sob sua crosta de gelo, há fortes indícios de um vasto oceano de água salgada. Com elementos químicos como oxigênio e carbono presentes, esse ambiente é considerado um dos mais promissores no Sistema Solar para a existência de vida.

    Essa perspectiva estimulou a NASA a lançar a missão Europa Clipper. A espaçonave, prevista para alcançar a órbita de Júpiter em abril de 2030, realizará 49 sobrevoos detalhados sobre Europa em um período de três anos. Seu objetivo é investigar a espessura da camada de gelo, a composição química e a geologia da lua, além de explorar sua interação com o oceano subterrâneo.

    Perspectivas para o Futuro

    Embora Júpiter permaneça fora de alcance para a exploração direta, Europa simboliza uma nova fronteira na busca por respostas sobre a vida fora da Terra. As descobertas vindouras podem não apenas expandir nosso conhecimento sobre o Sistema Solar, mas também ajudar a desvendar o mistério que há séculos fascina a humanidade: estamos sozinhos no universo?

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