No próximo dia 8 de setembro, num domingo, o satélite Salsa realizará uma manobra controlada para reentrar na atmosfera da Terra e se desintegrar sobre uma região remota do Pacífico Sul.
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Esta operação marca um avanço na estratégia de “reentrada guiada” da Agência Espacial Europeia (ESA), com o objetivo de reduzir o risco de detritos espaciais atingirem áreas povoadas.
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O Salsa será o segundo satélite a passar por esse procedimento, após o sucesso da reentrada controlada do satélite meteorológico Aeolus em 2023.
Lançado em 2000 para monitorar o campo magnético da Terra, o Salsa faz parte do grupo de satélites Cluster, originalmente projetados para uma missão de dois anos. Quase 25 anos depois, essas espaçonaves ainda fornecem dados científicos valiosos. Com o aumento da preocupação sobre o acúmulo de detritos espaciais, a ESA adotou uma abordagem mais responsável para o fim da vida útil desses equipamentos.
Como acontece a reentrada controlada de satélites
A reentrada guiada, visa minimizar os riscos de quedas descontroladas de satélites. Embora as chances de um satélite causar danos na Terra sejam baixas, a ESA busca reduzir ainda mais esses riscos.
“Estudar como o Salsa queima e quais partes podem sobreviver nos ajudará a desenvolver satélites que gerem menos detritos”, afirmou Tim Flohrer, chefe do Escritório de Detritos Espaciais da ESA.
O processo de reentrada do Salsa é diferente do Aeolus devido à sua órbita altamente excêntrica, que varia de 100 km a 130 mil km da Terra. Em janeiro de 2024, o Salsa realizará uma manobra para entrar em uma trajetória controlada, com o ponto mais próximo da Terra a 80 km, antes de queimar sobre o Pacífico Sul. Este experimento permitirá à ESA coletar dados valiosos sobre o comportamento de satélites em diferentes ângulos de reentrada.
Após a reentrada do Salsa, os três satélites restantes do Cluster – Rumba, Tango e Samba – também serão desorbitados nos próximos anos. O Rumba está programado para reentrar em 2025, enquanto o Tango e o Samba deverão reentrar em 2026.
A ESA espera que esses testes contribuam para o desenvolvimento de satélites que minimizem a criação de novos detritos espaciais, protegendo tanto o espaço quanto a Terra.
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