Na última segunda-feira (29), María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, afirmou que seu candidato, Edmundo González, venceu a eleição realizada no domingo (28) contra o presidente Nicolás Maduro.
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Segundo ela, a oposição tem acesso a 73,20% das atas de votação, o que confirma a vitória de González com 6,27 milhões de votos, em comparação aos 2,75 milhões de Maduro.
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“Com as atas que temos, mesmo que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) tenha atribuído 100% dos votos a Maduro, não seriam suficientes para mudar o resultado”, declarou María Corina, conforme a agência Associated Press.
Correção: Inicialmente, o g1 informou que a oposição venezuelana havia recebido 73% dos votos, quando, na verdade, o grupo afirma ter acesso a 73% das atas apuradas. A informação foi corrigida por volta de 20h10 desta segunda-feira.
González pediu “calma e firmeza” na contestação dos resultados e criticou o CNE por anunciar resultados prematuramente sem uma auditoria completa. A oposição planeja uma manifestação em apoio a González em frente à sede da ONU na Venezuela.
Após o pronunciamento da oposição, Maduro respondeu aos protestos e afirmou que seu governo está preparado para lidar com a situação e enfrentar a violência.
O CNE anunciou no domingo que Maduro venceu a eleição com 51% dos votos, com apenas 80% das urnas apuradas.
A oposição contestou o resultado, e a vitória de Maduro também foi questionada por autoridades de ao menos 15 países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e países da América Latina, além da União Europeia.
Rússia, China, Cuba e outros países parabenizaram Maduro. Após o anúncio do CNE, ocorreram protestos em Caracas.
María Corina Machado, que foi impedida de concorrer, afirma que a oposição venceu em todos os estados e está sendo investigada pelo Ministério Público da Venezuela por supostas tentativas de fraude eleitoral.
Tarek William Saab, chefe do Ministério Público, vinculou María Corina a uma tentativa de ataque hacker que teria originado na Macedônia do Norte e visado o sistema eleitoral. A oposição acusa o governo de fraude e não reconhece a decisão do CNE.
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