Diante das novas circunstâncias da guerra da Ucrânia, a União Europeia declarou nesta terça-feira (05) que pretende cortar as importações de carvão da Rússia. Em uma medida inédita, este seria o primeiro embargo comandado pela UE visando a energia russa. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou as medidas a serem adotadas, e destacou a importância de agir. “A Rússia está travando uma guerra cruel na Ucrânia, não apenas contra as tropas, mas também contra civis”, afirmou.
Já foram impostas quatro rodadas de sanções contra a Rússia, e esta provavelmente será a mais forte, depois dos ocorridos em Bucha. Os líderes do bloco não conseguiram chegar a um acordo sobre migrar as fontes de energia, até o momento. Talvez as coisas mudem a partir de agora. O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou na última segunda-feira (04) que apoiaria a proibição total das importações russas de carvão e petróleo. A intenção do bloco é manter Putin e o governo russo sob mais pressão. A Rússia é o principal exportador de carvão para a União Europeia, seguido de China e Coreia do Sul.
O petróleo russo já foi eliminado pelos governos americano e britânico. Segundo a Agência Internacional de Energia, a Rússia pode precisar limitar sua produção em 3 milhões de barris por dia, este mês. Além disso, as exportações de tecnologia, como computadores quânticos e semicondutores avançados, seriam proibidas. Produtos como madeira, cimento, frutos do mar e bebidas também estariam incluídos.