O Primeiro Ministro do Reino Unido, Boris Johnson, lamentou nesta segunda-feira (21) comentário feito pelo mesmo, acerca do conflito entre Ucrânia e Rússia ser comparável ao entrave da saída do país da União Europeia. Os comentários foram feitos por ele durante a Conferência de Primavera conservadora, no sábado (19). Para ele, o instinto do povo é escolher a liberdade, e assim como na Ucrânia, o povo inglês o fez no Brexit. A declaração gerou insatisfação e a comparação não foi bem aceita. Ministros ingleses afirmam que não foi a intenção de Johnson comparar os eventos, e sim o desejo de autodeterminação de um povo, independente do país.
O secretário de saúde inglês, Sajid Javid, afirmou à imprensa que o primeiro-ministro realizou e continua à frente de diversas formas de apoio à Ucrânia, e que isso prova suas intenções e opiniões sobre o conflito. Mesmo tendo utilizado a palavra “exemplo” ao conectar os dois acontecimentos, autoridades britânicas deram explicações mornas e negaram que Johnson tenha feito uma comparação direta.
Aparentemente, Boris Johnson quis usar um exemplo mais próximo à realidade dos britânicos. No entanto, a comparação não foi bem vista e o primeiro-ministro voltou atrás. Ele dá destaque ao desejo de liberdade do povo. A invasão russa à Ucrânia completou 26 dias e mais de 13.000 pessoas foram mortas, segundo a ONU.