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Menino trans conquista documento com nome escolhido e emociona com apoio da mãe: “Sempre foi ele”

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Após uma jornada marcada por desafios e coragem, o pequeno Miguel Rafael, de apenas 7 anos, conquistou um marco importante em sua trajetória: recebeu o documento oficial com o nome com o qual se reconhece. O momento, que simboliza muito mais do que uma troca de nome, foi celebrado com orgulho por sua mãe, Cinthya Cristina, de 35 anos, e viralizou nas redes sociais, inspirando milhares de pessoas.

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Miguel é um menino trans que, desde muito cedo, demonstrou à família como se sentia e quem realmente era. Segundo Cinthya, foi numa conversa inocente que tudo ficou claro: “Ele me pediu um ‘pozinho mágico pra virar menino’. Naquele instante, eu entendi tudo”, contou. Desde então, a mãe passou a lutar para garantir ao filho o direito de ser reconhecido por sua verdadeira identidade.

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A ideia de alterar o nome nos documentos surgiu após uma visita à escola, quando Miguel percebeu que seu nome antigo ainda aparecia nos papéis oficiais, apesar de já ser chamado pelo nome social pelos colegas e professores. “Ali eu entendi que não era sobre rejeitar o nome antigo, mas sobre se ver representado de forma real”, explicou Cinthya.

O processo, no entanto, não foi simples. Por conta da idade de Miguel, foi necessário apresentar um laudo psicológico. Mesmo com acompanhamento profissional há mais de um ano, houve resistência do psicólogo em emitir o documento. A mãe recorreu à ajuda de um advogado e iniciou um processo extrajudicial para garantir esse direito.

Três meses depois, em 27 de março deste ano, Miguel finalmente recebeu o novo documento. Antes de entregá-lo ao filho, Cinthya foi sozinha buscar o RG para ter certeza de que tudo estava correto. “Eu precisava evitar qualquer constrangimento. Crianças trans já enfrentam situações delicadas, e meu papel é protegê-lo”, explicou.

A reação de Miguel ao receber o documento foi de pura felicidade. A imagem do garoto, sorrindo com o RG nas mãos, tocou profundamente a internet. Em uma publicação emocionante, Cinthya escreveu: “O seu nome é mais que letras no papel — é a vitória de sermos quem somos, mesmo quando é difícil.”

Apesar do acolhimento de muitas pessoas, a mãe também enfrentou uma onda de críticas e ataques nas redes sociais. Comentários ofensivos sugeriam desde a perda da guarda até intervenção do Conselho Tutelar. Mas ela se manteve firme: “As pessoas não conhecem o Miguel. Não sabem da nossa história. E mesmo assim se sentem no direito de atacar. Meu compromisso é com o bem-estar do meu filho.”

Cinthya acredita que o amor de mãe é, antes de tudo, escuta. “Ser mãe do Miguel me ensinou a ouvir com o coração. Ele sempre soube quem era. Eu só estou aqui para garantir que ele seja respeitado e amado por quem é. Não é cedo demais — é no tempo dele. E é isso que importa.”

A história de Miguel e Cinthya reforça a importância da empatia, do respeito à identidade de gênero desde a infância, e do papel essencial da família no processo de reconhecimento e acolhimento. Um exemplo comovente de que, com amor e escuta verdadeira, é possível transformar o mundo ao redor — um documento de cada vez.

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