A reunião de terça-feira (11) entre a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e os líderes de partidos de esquerda foi marcada por promessas de resolução de demandas acumuladas na pasta e expectativas de melhorias na articulação política do governo Lula. A reunião teve direito à cachaça levada por um dos líderes aliados.
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A ministra, que foi líder do PT até a última semana, afirmou que daria “vasão” à nomeação de cargos e liberação de emendas acordadas pelas siglas com o ex-ministro Alexandre Padilha.
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Os líderes de partidos de esquerda presentes na reunião expressaram suas expectativas em relação à nova ministra, destacando que ela tem “tinta na caneta” para fazer com que as demais pastas na Esplanada cumpram as demandas da articulação política.
Eles também mencionaram que acordos firmados pelo antigo SRI frequentemente eram travados na Casa Civil, comandada por Rui Costa, e esperam que Gleisi possa superar esses obstáculos.
A ministra prometeu tentar promover mais reuniões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com representantes do Congresso, além de ter um canal de comunicação direto com os presidentes do Congresso para resolver rapidamente eventuais imbróglios do governo no Legislativo.
Ela também empoderou os três líderes do governo no Legislativo, José Guimarães, Jaques Wagner e Randolfe Rodrigues, para tocar as articulações com parlamentares e terem um canal facilitado com a SRI para amarrar acordos com os pares.
A ministra indicou que o foco imediato do governo é a votação do Orçamento de 2025, que geralmente é definido no ano anterior, mas que este ano foi adiado devido à eleição.
A expectativa é que o texto seja aprovado no Congresso até a próxima semana. Após a aprovação do Orçamento, o foco do governo será a busca de acordos sobre as Medidas Provisórias assinadas este ano, incluindo decisões sobre saques do FGTS, consignado para CLTs, verba extra para ministérios, regras do pagamento do Pix, auxílio a pescadores, dentre outros.
Outras prioridades citadas pela ministra incluem o pacote de medidas fiscais e econômicas anunciadas pelo governo no ano passado, como a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, a mudança na previdência dos militares e o corte dos supersalários. A ministra também destacou a importância de melhorar a comunicação entre o governo e o Congresso para garantir a aprovação dessas medidas.
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