O Cessna Citation PR-GFS, que ultrapassou os limites da pista do aeroporto de Ubatuba e explodiu na praia do Cruzeiro na última quinta-feira (9), exigiria mais espaço para um pouso seguro do que o disponível no local, conforme apontam dados técnicos da aeronave e do aeroporto.
De acordo com informações do G1, a pista 09, utilizada para o pouso, possui 940 metros de comprimento total, mas apenas 560 metros estão liberados para uso devido a restrições operacionais. Em condições de pista molhada, o manual do Cessna Citation C525 indica que seriam necessários, no mínimo, 685 metros para frear, mesmo com a aeronave no peso mais leve possível.
O acidente deixou o piloto morto. Os quatro passageiros, sendo um casal e dois filhos, sobreviveram e foram resgatados após a explosão da aeronave na faixa de areia.
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De acordo com a concessionária Rede VOA, responsável pelo aeroporto, as condições meteorológicas eram desfavoráveis, com chuva e pista molhada no momento do pouso. Além disso, o aeroporto de Ubatuba não é controlado, o que significa que a coordenação de tráfego aéreo é realizada entre os próprios pilotos.
O acidente é caracterizado como “excursão de pista”, situação em que a aeronave ultrapassa os limites durante pousos ou decolagens. Relatórios do Cenipa, órgão da Aeronáutica responsável por investigar acidentes aéreos, mostram que o Brasil registra uma média de 28 ocorrências desse tipo anualmente.
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