A artista circense Camila Gomes, que se tornou vítima de um ataque violento na última sexta-feira (23) em Central do Maranhão, relatou momentos de terror em que ela e sua família foram agredidos, roubados e submetidos a uma situação de abuso. O crime ocorreu logo após uma apresentação do circo, quando cinco criminosos armados invadiram o local e aterrorizaram todos presentes, incluindo idosos.
Em um post nas redes sociais, Camila detalhou o momento do ataque. “Cinco bandidos armados chegaram, mandando a gente se jogar no chão. Botaram a minha cabeça em uma pilastra, colocaram uma arma na minha cabeça. […] Eles pediram dinheiro e saíram me arrastando pelos cabelos, enquanto outro me levou para dentro do trailer onde estava minha filha, de 1 ano, dormindo”, relatou a artista.
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Camila também descreveu que um dos bandidos, que já a havia visto se apresentando no circo, provavelmente premeditou o abuso. “Ele deu um tiro. Eu senti Deus comigo, Deus fez ele errar a bala para não acertar em mim. […] Eu fiquei em choque”, disse, acrescentando que se preocupava com a segurança de sua filha durante todo o episódio. A artista ainda afirmou que estava tentando se manter forte pela família, mas sentia raiva e tristeza pela violência que vivenciou.
Os criminosos invadiram o circo por volta das 23h, 40 minutos após o último espetáculo, e roubaram dinheiro e objetos pessoais. Após o assalto, dois dos bandidos arrastaram Camila para o trailer, onde ela foi estuprada, enquanto sua filha de 11 meses estava presente. Outros membros da família, incluindo dois idosos com problemas de saúde, foram agredidos durante o ataque.
A Polícia Civil está investigando o caso e a Delegacia de Cururupu, responsável pela investigação, ainda busca identificar e prender os criminosos. Até o momento, ninguém foi preso.
Pedido de justiça
Poliana Ostok, mãe de Camila e dona do circo, expressou seu desespero e pediu justiça. “A gente está se sentindo impotente, indignado, revoltado. Nunca na minha vida vi algo assim”, disse Poliana. Ela também destacou que o circo, uma família natural do Pará, estava em turnê pela baixada maranhense e não tinha antecedentes de crimes dessa gravidade.
O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), se manifestou sobre o caso e garantiu que a segurança pública está focada em identificar os responsáveis. Ele também afirmou que a Delegacia Especial da Mulher e outras instituições de apoio à mulher fornecerão assistência às vítimas. “Não vamos tolerar que as pessoas sejam violentadas dessa forma”, afirmou Brandão.
A Secretaria de Estado da Mulher do Maranhão (SEMU) também se manifestou, repudiando o crime e acompanhando as investigações. A nota enfatizou o compromisso da Secretaria no combate à violência, especialmente contra mulheres, e conclamou a sociedade a apoiar os esforços para uma sociedade mais justa e segura para as mulheres.
A tragédia vivida por Camila e sua família gerou grande comoção e a esperança de que justiça seja feita para que os responsáveis enfrentem as consequências de seus atos.
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