Um bebê de apenas dois meses foi resgatado em Paranaíba, município do Mato Grosso do Sul, apresentando sinais de desnutrição, desidratação e diversas cicatrizes que podem ser provenientes de queimaduras de cigarro. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do município.
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Os pais da criança foram presos no dia 5 de dezembro, mas o caso veio à tona apenas na quarta-feira (11).
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Segundo a delegada responsável pela investigação, Eva Maira Cogo, o caso chegou à polícia por meio de um agente de saúde.
“Por conta do Bolsa Família, eles precisam manter a pesagem e as vacinas da criança em dia. O agente ligou para a mãe e, ao levar o bebê ao posto de saúde, as lesões foram constatadas”, explicou ao Campo Grande News.
Após a consulta, o pediatra determinou a internação imediata do bebê na Santa Casa de Paranaíba.
“Havia sinais de agressão, marcas roxas, cicatrizes espalhadas pelo corpo, além de desidratação e desnutrição severas”, detalhou a delegada.
Testemunhas também relataram que a criança já apresentava indícios de agressão antes de completar um mês de vida, como inchaços na cabeça e perto da orelha.
Os pais não conseguiram justificar as lesões, alegando que surgiram “do nada” ou que eram “coisas de pele”.
A polícia, entretanto, afirma que as evidências apontam para agressões cometidas enquanto o bebê estava sob os cuidados exclusivos deles.
“Eles não permitiam que familiares se aproximassem e não têm vizinhos próximos, já que moram em uma área com poucas casas”, explicou Eva Maira.
Durante o depoimento, a mãe alterou sua versão dos fatos, afirmando que o pai levava o bebê para o quarto, onde ele chorava intensamente.
“Ela disse que não presenciava as agressões, mas afirmou que a criança aparecia com lesões após esses momentos em que ficava sozinha com o pai”, acrescentou a delegada.
O caso está registrado na delegacia de Paranaíba, sob responsabilidade da delegada Eva Maira Cogo. Os pais seguem presos enquanto as investigações continuam.
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