Jakson Britto Dias, de 28 anos, viu seu maior bem ser destruído por torcedores do Peñarol durante uma confusão na orla do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (23). A moto, que havia sido adquirida recentemente e estava com apenas uma parcela paga, foi incendiada pelos torcedores uruguaios em meio ao tumulto generalizado.
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Jakson, que trabalha como motoboy, relatou o desespero ao tentar salvar seu veículo. “Queimaram a minha moto, quebraram tudo. Acabaram com tudo eles. É a minha primeira moto, ainda estou pagando”, lamentou. Segundo ele, os torcedores permitiram que ele se aproximasse, mas logo tentaram agredi-lo quando tentou retirar a moto das chamas. “Eles falavam pra mim que eu podia pegar a moto, mas quando eu tentava puxar, eles tentavam me bater”, contou.
Além dele, outro trabalhador também sofreu com a violência. Marcos Vinícius, dono de outra moto incendiada, questionou como irá se manter após perder seu instrumento de trabalho. “Os caras não são nem do país. Quem vai pagar nosso prejuízo, quem vai? Porque nós é preto, chegou perto da moto e começaram a tacar pedra em nós. Eles tacaram fogo nas nossas motos”, desabafou. Ele relatou ainda que foi impedido de tentar retirar o veículo antes do incêndio: “Pedi: ‘Deixa eu pegar a moto’. Eles não deixaram a gente pegar as nossas motos. Eu sou trabalhador. As contas não vão parar de chegar lá em casa”.
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Ao todo, três motos foram depredadas durante o conflito. Duas delas foram completamente incendiadas, deixando seus proprietários sem condições de trabalho.
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