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    São Paulo enfrenta pior qualidade do ar em décadas devido à poluição

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    De acordo com o G1, a cidade de São Paulo está passando por um dos piores episódios de poluição atmosférica dos últimos 40 anos, com estações de monitoramento da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) registrando índices de qualidade do ar entre “ruim” e “muito ruim”. O fenômeno vem sendo agravado pela falta de chuvas, uma onda de calor e a poluição arrastada de queimadas nas regiões Centro-Oeste e interior do estado.

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    “Isso é inédito. Há 40 anos, a gente não tinha um cenário como esse”, afirmou Maria Lúcia Guardani, gerente da divisão de qualidade do ar da Cetesb. A especialista ressaltou que, desde o início das medições automáticas em 1985, nunca se registraram índices tão negativos em tantas estações ao mesmo tempo. Na última segunda-feira (9), 12 das 14 estações da capital paulista que monitoram partículas inaláveis finas (MP2,5) registraram níveis “ruins” e “muito ruins”.

    O perigo das partículas inaláveis finas (MP2,5)

    Essas partículas, extremamente pequenas, são capazes de penetrar profundamente nos pulmões, causando graves problemas respiratórios. As pessoas mais vulneráveis, como portadores de asma, bronquite ou alergias respiratórias, são as que mais sofrem com o agravamento da qualidade do ar. Além disso, a poluição também prejudica a visibilidade na cidade, dando ao céu paulistano um aspecto cinzento e opaco.

    Na região da Marginal Tietê e do Parque Dom Pedro II, o ar foi classificado como “muito ruim” devido à alta concentração de MP2,5. Segundo a presidente do Instituto Ar, Evangelina Araújo, a situação é comparável à de Cubatão nos anos 1980, quando a cidade era conhecida por seus altíssimos índices de poluição industrial. “Estamos a níveis de Cubatão quando era poluída”, afirmou Araújo, destacando os efeitos nocivos à saúde pública.

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    Causas e medidas

    Especialistas apontam que a grave situação é resultado de uma combinação de fatores. As queimadas que ocorrem no Centro-Oeste e no interior do estado têm liberado grandes quantidades de poluentes na atmosfera, que são carregados pelo vento até a capital. Além disso, a época de seca e a onda de calor têm contribuído para a estagnação desses poluentes na atmosfera de São Paulo. As fontes tradicionais de poluição, como a frota de veículos e as indústrias, também continuam emitindo gases e partículas que se misturam aos poluentes das queimadas.

    Segundo Guardani, a situação só deve melhorar com a chegada de chuvas, que poderiam “lavar” a atmosfera e dispersar os poluentes. “Enquanto não vier uma chuva pra lavar essa atmosfera, nós vamos ter dias muito severos, principalmente para a saúde de todos”, alertou.

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