No início da manhã deste último sábado (21), um ônibus da linha 60 (Deodoro-Gentileza) seguia seu trajeto pela Avenida Brasil, quase alcançando o terminal na Zona Portuária, quando, por volta das 6h, colidiu violentamente com um dos pilares do Elevado do Gasômetro, à altura do Caju. A batida ecoou pela estrutura de concreto, chamando a atenção de quem passava nas primeiras horas do dia. De imediato, pedestres correram para ajudar, enquanto sirenes já se faziam ouvir ao longe.
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O ônibus amassado mostrava o impacto da colisão, e dentro dele, Douglemar da Silva Rocha, o motorista, ainda estava preso às ferragens. Seus dedos estavam apertados no volante, o corpo imóvel, enquanto bombeiros dos quartéis Central, Benfica e Vila Isabel lutavam por três horas para retirá-lo. Seu rosto, com olhos semicerrados e suor escorrendo, mostrava o esforço em resistir à dor. Ele era um dos cinco feridos graves.
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As vítimas, algumas com ferimentos leves, outras gemendo em agonia, eram rapidamente levadas para os hospitais mais próximos: Salgado Filho, Souza Aguiar, Evandro Freire e Miguel Couto. O caos tomou conta do local, com equipes de socorro correndo de um lado para outro. Um jovem, com o braço enfaixado e uma expressão de desespero, olhava fixamente para o ônibus destruído, como se revivesse o impacto em sua mente.
Enquanto isso, agentes do Centro de Operações Rio (COR) corriam para isolar a área. A faixa exclusiva do BRT Transbrasil, no sentido Centro, foi interditada. O que restou do coletivo, apenas uma carcaça retorcida, foi removido por volta das 12h15, mas o medo de que o pilar tivesse sido comprometido ainda pairava no ar.
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