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    Mulher se torna policial e prende assassino de seu pai após 25 anos

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    Em um desfecho impressionante, Gislayne Silva de Deus, de 36 anos, participou da operação que resultou na prisão do homem acusado de assassinar seu pai há 25 anos. O crime aconteceu em 1999, quando Gislayne tinha apenas 9 anos. O assassino, Raimundo Alves Gomes, de 60 anos, foi preso nesta quarta-feira (25) em Boa Vista, após estar foragido desde 2016.

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    Raimundo foi condenado a 12 anos de prisão pelo homicídio de Givaldo José Vicente de Deus, morto com um tiro durante uma discussão por uma dívida de R$ 150. O crime aconteceu no bairro Asa Branca, na zona Oeste de Boa Vista. Apesar de ter sido condenado em 2013, a Justiça só conseguiu efetuar a prisão agora, graças à determinação de Gislayne, que ingressou na Polícia Civil e assumiu o caso.

    Ao longo dos anos, Gislayne transformou a dor da perda em motivação. Aos 18 anos, começou a cursar Direito e, em 2022, entrou para a polícia penal. Em 2024, tornou-se escrivã da Polícia Civil e pediu para ser lotada na Delegacia Geral de Homicídios (DGH), na esperança de, finalmente, prender o homem que matou seu pai.

    Segundo Gislayne, a prisão de Raimundo representa o encerramento de um ciclo de sofrimento para sua família. “A sensação é de que a justiça foi feita. Isso não vai trazer nosso pai de volta, mas ele [o assassino] vai cumprir a pena que deveria ter cumprido há muitos anos”, declarou emocionada.

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    O crime ocorreu em 16 de fevereiro de 1999, quando Givaldo estava em um bar e foi assassinado com um tiro à queima-roupa por Raimundo. A briga teria sido motivada por uma dívida, e, após o disparo, o agressor chegou a levar a vítima ao hospital, mas fugiu em seguida.

    Durante 14 anos, o caso permaneceu sem solução. Raimundo foi julgado apenas em 2013 e condenado a 12 anos de prisão, mas conseguiu se manter foragido. O primeiro mandado de prisão foi expedido em 2016, mas o criminoso conseguiu se esconder até ser finalmente capturado pela Polícia Civil, sob a supervisão de Gislayne, que fez questão de estar presente no momento da prisão.

    Gislayne afirmou que a persistência da família foi crucial para que a justiça fosse feita. Segundo ela, se a família não tivesse pressionado e buscado apoio, o caso poderia ter ficado impune. “Nós não deixamos o caso ser esquecido. Sempre fomos atrás, lutamos para que houvesse o julgamento e, agora, a prisão”, disse.

    Raimundo Alves Gomes passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (26), e teve a prisão mantida. Ele foi encaminhado ao sistema prisional de Roraima, onde deverá cumprir sua pena.

    O crime de homicídio prescreve após 20 anos, mas no caso de Raimundo, devido à sua condenação, ele ainda teria cinco anos até que o prazo fosse atingido. A prisão, portanto, veio a tempo de evitar a impunidade total pelo assassinato.

    Para Gislayne e sua família, a captura de Raimundo representa o fechamento de um capítulo doloroso de suas vidas. A escrivã afirmou que, apesar de o pai nunca poder voltar, há um sentimento de justiça cumprida. “A dor da perda nunca desaparece, mas saber que o responsável está preso traz um pouco de paz. Ele fugiu por muitos anos, mas agora terá que enfrentar as consequências do que fez”, concluiu.

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