Os depoimentos dos presos suspeitos de envolvimento no duplo assassinato da candidata a vereadora Rayane Alves Porto e sua irmã Rithiele, em Porto Esperidião (MT), indicam que o crime foi ordenado por um suposto líder do Comando Vermelho (CV), conhecido como Véio, que está detido na Penitenciária Central do Estado (PCE) em Cuiabá.
++Dez pessoas são presas por homicídio de candidata a vereadora e sua irmã em Cuiabá
Os assassinatos, ocorridos na madrugada de sábado (14), teriam sido motivados por uma foto publicada por Rayane nas redes sociais, onde ela e a irmã, ao fazerem um sinal com a mão, foram erroneamente interpretadas como apoio à facção rival Primeiro Comando da Capital (PCC). O líder do CV teria considerado a imagem uma provocação e ordenado o sequestro e a tortura das jovens.
De acordo com Rosivaldo Silva Nascimento, conhecido como Badá, de 19 anos, que se apresentou como faccionado do CV e assumiu a liderança da missão, a ordem de Véio foi repassada por chamada de vídeo.
Ele conduziu a tortura das vítimas, que incluiu o corte de cabelo e dedos, e exigiu um resgate de R$ 100 mil. Sem o pagamento, a tortura foi intensificada, resultando na morte das irmãs.
O irmão das vítimas, Roebster Alves Porto, também foi torturado, tendo sua orelha e um dedo cortados. Ele sobreviveu e está hospitalizado em estado estável.
Outro capturado, Higor Felipe Bazan, conseguiu escapar e informar à polícia, o que levou ao abandono do local pelos criminosos.
O depoimento de Higor revelou que a foto, na verdade, mostrava Rayane e Rithiele fazendo o símbolo do “Rock”, sem qualquer relação com o PCC. A polícia conseguiu prender quatro suspeitos em um hotel em Cáceres (MT) e apreendeu quatro adolescentes envolvidos no caso.
Os acusados enfrentam charges de homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, tortura, associação criminosa e corrupção de menores.
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