Dez pessoas foram presas, incluindo quatro menores de idade, suspeitas de envolvimento no homicídio da candidata a vereadora Rayane Alves e de sua irmã Rithiely Alves em Porto Esperidião, a 322 km de Cuiabá.
O crime ocorreu na madrugada de sábado (14), após as irmãs saírem de uma festa. Elas foram sequestradas e torturadas em uma casa como cativeiro, junto com outros dois jovens, por membros de uma facção criminosa, segundo a Polícia Civil. Um dos jovens conseguiu fugir do cativeiro e foi até a delegacia.
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No local, a polícia encontrou o irmão das vítimas gravemente ferido, com um dos dedos e a orelha cortados. Ele também apresentava ferimentos de facada na região da nuca.
Em outros cômodos da casa, foram encontrados dedos e cabelos de uma das irmãs. Já no último quarto à direita, estavam os corpos de Rayane e Rithiele, que apresentavam sinais de tortura por arma branca e tiveram os cabelos cortados, segundo a Polícia Militar.
Os suspeitos foram detidos em Cáceres, a 222 km de Cuiabá, onde estavam hospedados em um hotel, e em Porto Esperidião.
Os adultos enfrentarão acusações de sequestro, cárcere privado, tortura, duplo homicídio, homicídio tentado, lesão corporal, associação criminosa e corrupção de menores. Os adolescentes serão autuados por atos infracionais equivalentes.
A investigação aponta que o crime pode ter sido motivado por um gesto feito pelas irmãs, que supostamente fazia referência a uma facção rival dos suspeitos.
As ordens para a tortura teriam sido dadas por chamada de vídeo, e as vítimas foram separadas em diferentes cômodos.
As autoridades continuam as diligências para identificar possíveis outros envolvidos no crime.
Os corpos das duas irmãs mortas foram enterrados neste domingo (15), sob forte comoção de parentes e amigos. O velório das vítimas aconteceu em Glória d’Oeste, a 304 km de Cuiabá.
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