As mudanças climáticas provocadas pela ação humana intensificaram em 40% os incêndios no Pantanal em junho deste ano.
Assim, a afirmação é de um estudo inédito, divulgado nesta quinta-feira (11), e realizado pelo World Weather Attribution (WWA), grupo internacional de cientistas especializados em assuntos climáticos.
A sabe, esse é o primeiro estudo da WWA de atribuição (ou seja, busca estudar a porcentagem de responsabilidade das transformações do clima em um evento extremo).
Com isso, a pesquisa entende que as mudanças climáticas, impulsionadas pela ação humana (como uma maior emissão de CO2 na atmosfera, uso de combustíveis fósseis e as queimadas criminosas), tornaram os incêndios florestais no Pantanal mais intensos em junho deste ano.
O fogo é esperado no bioma anualmente. Entretanto, a temporada das chamas é recorrente a partir do fim de julho e início de agosto. Este ano foi diferente, o fogo chegou antes e de forma mais severa. O cenário antecipado também foi levado em consideração pelos cientistas.
Além disso, ainda segundo a pesquisa que reúne especialistas em mudança climática mundial, as condições de clima extremo vão ser mais intensas e de 4 a 5 vezes mais prováveis no Pantanal. O estudo, que foi publicado pela própria WWA, mostra que o bioma vai conviver de forma recorrente com as seguintes situações:
mais calor;
seca cada vez mais severa;
ventos muito mais fortes.