Em meio à crescente pressão internacional pela divulgação das atas eleitorais que comprovem a vitória de Nicolás Maduro nas recentes eleições na Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou que o Brasil não romperá relações diplomáticas com o governo venezuelano, independentemente do desfecho da questão.
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A declaração foi feita durante uma conversa com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, pouco antes de seu embarque para a Colômbia nesta quarta-feira (14).
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Mauro Vieira viajará ao país vizinho para se reunir com o chanceler colombiano, Luis Gilberto Murillo, com o objetivo de discutir a situação na Venezuela
Segundo fontes do Itamaraty, o ministro brasileiro reforçará a posição do Brasil de continuar exigindo transparência no processo eleitoral venezuelano, sem recorrer ao rompimento diplomático.
Relações mantidas apesar da pressão
Apesar das críticas e da crescente pressão de outros países e órgãos internacionais, Lula deixou claro que o Brasil manterá sua postura de diálogo com o governo de Nicolás Maduro.
A posição foi reforçada após a publicação de uma reportagem na Folha de S.Paulo, que sugeria que Lula teria proposto novas eleições na Venezuela—a informação surpreendeu o Itamaraty, que negou tal proposta, atribuindo a ideia possivelmente a Celso Amorim, assessor especial de assuntos internacionais da Presidência da República.
Brasil protege Maduro
Brasil, Colômbia e México têm desempenhado papéis cruciais como interlocutores do governo chavista no cenário internacional. A postura diplomática brasileira, sob o comando de Lula, busca equilibrar a exigência por maior transparência nas eleições venezuelanas com a manutenção das relações diplomáticas, visto que o Brasil considera importante preservar os canais de diálogo para promover a estabilidade na região.
A visita de Mauro Vieira à Colômbia será crucial para reforçar essa estratégia, demonstrando que o Brasil continua comprometido com a busca por soluções diplomáticas para a crise venezuelana, sem romper os laços estabelecidos com o governo de Nicolás Maduro.
O cenário diplomático na América Latina permanece delicado, e a atuação dos países da região será determinante para o futuro das relações entre as nações e para a estabilidade política na Venezuela.
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