Interceptações telefônicas do Ministério Público do Ceará (MPCE) revelaram que membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo ordenam representantes da facção em Fortaleza a contratar pescadores para transportar cocaína até navios em alto-mar.
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Usando barcos pequenos, os pescadores evitam o monitoramento das autoridades e entregam pacotes de cocaína a mergulhadores do PCC, que colocam a droga nos cascos dos navios. Essa tática foi identificada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
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A avenida Beira Mar, em Fortaleza, é usada como ponto de partida para levar a droga aos navios. O Porto de Mucuripe, na capital cearense, é um ponto estratégico para o PCC despachar cocaína para a Europa e África, sendo um “plano B” para o tráfico internacional, a principal fonte de renda da facção.
Fortaleza é a cidade nordestina mais importante para o PCC e a segunda mais relevante no Brasil, devido à sua localização geográfica e à expansão imobiliária na região. O tráfico internacional pelo porto do Ceará rende ao PCC cerca de R$ 4 bilhões por ano.
Em fevereiro, a polícia abordou um suspeito em Fortaleza, encontrando cilindros de mergulho, cordas e equipamento de pesca. Em Caucaia, uma mulher foi presa com 410 quilos de cocaína. A droga estava em uma casa atribuída ao suspeito.
Além dos barcos pequenos, a Polícia Federal identificou em 2022 o uso de pesqueiros maiores para transportar cocaína em alto-mar. Em uma operação conjunta com a Marinha, DEA dos EUA e NCA da Inglaterra, 1,2 tonelada de cocaína foi apreendida em um barco pesqueiro. Seis pessoas foram presas por tráfico internacional de drogas e associação criminosa.
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