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    Governo de São Paulo demite policial civil envolvido em homicídio e agressões em 2019

    Data:

    O governo de São Paulo, sob Tarcísio de Freitas (Republicanos), demitiu o policial civil José Ricardo Gomes Ferreira, conhecido como Firmeza, de 53 anos. 

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    Ele é réu por atirar em meio a uma aglomeração, ferindo cinco mulheres e executando um homem enquanto fazia bico de segurança no centro da capital paulista, em outubro de 2019.

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    A portaria da Secretaria da Segurança Pública (SSP), que demite o agente por infrações graves, foi publicada no Diário Oficial de São Paulo na quarta-feira (3). A defesa de José Ricardo afirmou não ter conhecimento da demissão e alegou que o homicídio foi cometido em legítima defesa.

    Firmeza foi denunciado pelo Ministério Público (MPSP) por homicídio qualificado, caracterizado por não dar chance de defesa à vítima e por usar um recurso que colocou outras pessoas em perigo. O Tribunal do Júri, que decidirá sobre sua culpa ou inocência, está marcado para março de 2025.

    Relembre o caso

    Em outubro de 2019, Firmeza trabalhava oficialmente na 3ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). No entanto, ele também fazia bicos para comerciantes da região da Rua 25 de Março e do Parque Dom Pedro, escoltando cargas.

    Na manhã de 6 de outubro de 2019, Firmeza se envolveu em uma discussão com dois homens no estacionamento da Praça Santo Ivo, onde desembarcavam ônibus com mercadorias. Segundo o MPSP, o policial foi agredido inicialmente e, para se defender, sacou sua arma e começou a atirar, afugentando os agressores.

    Apesar de já ter afastado os agressores, Firmeza perseguiu e baleou um deles, Vicente Souza dos Santos, de 34 anos, conhecido como Vicentão. Mesmo após Vicentão cair, Firmeza disparou mais três vezes à queima-roupa, ação classificada pela Promotoria como “típica de execução”.

    Firmeza disparou pelo menos oito vezes no meio da rua, onde havia muitas pessoas, atingindo cinco mulheres. Como as vítimas sobreviveram, ele também responde por tentativas de homicídio.

    Defesa e repercussão

    No processo, o ex-policial alegou que os agressores tentaram roubar sua arma e que os tiros que atingiram outras pessoas foram acidentais, ocorrendo durante a disputa.

    O escritório Omnis Advogados, que representa Firmeza, afirmou acreditar na absolvição dele com base na legítima defesa. “Acreditamos na Justiça e estamos certos de sua absolvição diante da legítima defesa”, declarou o escritório.

    Sobre a demissão, o escritório informou que José Ricardo ainda não tinha conhecimento formal da decisão e que não houve reunião para tratar do assunto por motivos pessoais.

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