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    Capitã da Seleção Brasileira de Rugby é escolhida porta-bandeira nas Olimpíadas de Paris após superar o câncer

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    Raquel Kochhann, uma atleta de 31 anos, que já participará das Olimpíadas pela terceira vez, enfrentou um diagnóstico de câncer de mama em 2022 e optou por uma mastectomia bilateral preventiva. Descobriu-se então que o câncer havia se espalhado para o osso do esterno, levando a 20 meses de tratamento.

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    Apesar do tratamento rigoroso, Raquel continuou treinando e, em dezembro de 2023, estava curada e retornou aos campos. Pouco depois, foi convocada pela seleção brasileira e agora será a porta-bandeira do Brasil em Paris.

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    Raquel decidiu não usar próteses mamárias após a mastectomia, devido ao aumento do tempo de recuperação e ao risco de rejeição. Ela viu sua mãe passar por uma situação semelhante quando tinha 15 anos.

    Sua treinadora, Will Broderick, descreveu Raquel como uma guerreira, treinando todos os dias durante o tratamento e ajudando a equipe de todas as formas possíveis.

    Em dezembro de 2023, Raquel voltou a jogar pelo Charrua Rugby Clube e, um mês depois, foi convocada para a terceira etapa do Circuito Mundial em Perth, na Austrália. Desde então, tornou-se capitã e garantiu sua vaga para Paris 2024.

    A CEO da Confederação Brasileira de Rugby, Mariana Miné, destacou que Raquel é uma inspiração e representa os valores do esporte: disciplina, respeito, integridade, paixão e solidariedade.

    Em Paris, Raquel foi surpreendida ao ser anunciada como porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura, uma honra que dividirá com Isaquias Queiroz, da canoagem.

    Selecionada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), Raquel expressou sua emoção e orgulho em levar a bandeira do Brasil no mundo inteiro.

    “Essa sensação de levar a bandeira para o mundo inteiro ver em uma Cerimônia de Abertura é algo que não consigo explicar em palavras. Trabalhamos muito no Brasil para que o rugby cresça e ganhe seu espaço. Sabemos que a realidade do nosso esporte não é ter uma medalha de ouro por enquanto, apesar de termos esse sonho. Mas sempre vi que quem carrega essa bandeira tem uma história incrível e representa uma grande conquista”, celebrou a camisa 10 da seleção brasileira de rugby sevens.

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