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    Presidente da Argentina reafirma ataques a Lula após cobrança de desculpas: “corrupto e comunista”

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    O presidente da Argentina, Javier Milei, reagiu com indiferença e reafirmou ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após o brasileiro cobrar publicamente um pedido de desculpas por ter sido chamado de corrupto durante as eleições presidenciais argentinas do ano passado. 

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    Em entrevista repostada por Milei na manhã desta sexta-feira (28), o argentino voltou a chamar Lula de “corrupto e comunista”, mesmo após o presidente brasileiro ter tido suas condenações anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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    Milei minimizou a polêmica que dificulta as relações diplomáticas entre os países vizinhos, classificando o conflito como “pequeno e comum a pré-adolescentes” e afirmou não ver necessidade de se desculpar por suas declarações, que ele considera verdadeiras.

    “Qual é o problema que o chamei de corrupto? Por acaso ele não foi preso por corrupção? E o que eu disse… Comunista? Por acaso [Lula] não é comunista? Desde quando se deve pedir perdão por dizer a verdade? Ou estamos tão doentes de correção política que não se pode dizer nada contra a esquerda, mesmo quando for verdade?”, reagiu Milei ao ser questionado se pediria desculpas a Lula, em entrevista ao canal La Nación +.

    O argentino também reclamou da interferência ativa de Lula nas eleições argentinas, ao apoiar o candidato derrotado, Sergio Massa, afilhado político do então presidente Alberto Fernández, no ano passado.

    “Você acha que a campanha negativa que o Massa fez contra mim, impulsionada pelo Brasil, não foi agressiva? (…) Vão me pedir desculpas pela quantidade de mentiras que disseram durante toda a campanha? Os que mentiram exigem que o outro peça perdão por dizer a verdade?”, comparou Milei.

    Veja o trecho da entrevista divulgado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP):

    Ex-condenado não quer cizânia

    O STF anulou ações penais da Operação Lava Jato que haviam resultado em condenações de Lula e sua prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro. O argumento do Supremo brasileiro foi de que houve conluio entre a acusação protagonizada pelo Ministério Público Federal (MPF) e o então juiz da operação, atual senador Sérgio Moro (União-PR), com base em dados da Operação Spoofing, que revelou diálogos entre o julgador e procuradores da Lava Jato.

    Ao reclamar dos ataques de Milei, Lula disse, em entrevista nesta semana, que o povo argentino e o povo brasileiro são maiores do que seus presidentes e querem viver bem e em paz. Ele justificou que não deseja criar conflitos entre os países, afirmando que bastaria a Milei governar a Argentina, em vez de “governar o mundo”.

    “Eu não conversei com o presidente da Argentina porque acho que ele deve pedir desculpas ao Brasil e a mim, ele falou muita bobagem. Eu só quero que ele peça desculpas. A Argentina é um país que eu gosto muito, é um país muito importante para o Brasil, o Brasil é muito importante para a Argentina, e não é um presidente da República que vai criar uma cizânia entre o Brasil e a Argentina”, disse Lula em entrevista ao Portal UOL.

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