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    Cigana revela dívida milionária e plano macabro em caso de brigadeiro envenenado no Rio

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    Em um depoimento chocante, Suyany Breschak, autoproclamada mentora espiritual de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, jovem acusada de envenenar o namorado com um brigadeiro no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio, revelou uma trama macabra envolvendo dívidas, obsessão e frieza.

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    Suyany afirma que Júlia teria acumulado uma dívida de cerca de R$ 600 mil por “trabalhos de limpeza espiritual” realizados ao longo de cinco anos. A quantia exorbitante era paga em parcelas mensais de R$ 5 mil, por meio de depósitos bancários.

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    Segundo a cigana, ela acreditava que Júlia obtivesse o dinheiro através de “programas íntimos” e da pensão que recebia do pai. Detalhes que reforçam a complexa dinâmica entre as duas mulheres e a obsessão de Júlia em quitar a dívida.

    Suyany relatou ter conversado com Júlia por mensagens após a morte de Marcelo. Nas mensagens, a suspeita teria confessado estar “insuportável o cheiro do cadáver” e, em um momento mórbido, descrito ter visto um urubu na janela da residência.

    A cigana revelou ainda que Júlia teria dissolvido 50 comprimidos de um potente analgésico à base de morfina no brigadeiro oferecido ao namorado, enquanto preparou outro doce seguro para si mesma. Um plano premeditado que demonstra a crueldade do crime.

    Suyany foi presa por suspeita de participação no crime e teve sua prisão temporária confirmada pela justiça. As investigações apontam para seu envolvimento no plano e na ocultação do corpo.

    Cinco dias com o corpo no apartamento

    O corpo do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, 44 anos, foi encontrado pelos bombeiros após denúncias de vizinhos sobre o mau cheiro vindo do apartamento no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio. Um fato que “chama atenção e choca pela frieza da suposta autora”, segundo o delegado Marcos Buss.

    A investigação sugere que Júlia agiu sob forte influência de Suyany, movida pela dívida milionária. A cigana, inclusive, tinha conhecimento da compra de 50 comprimidos de morfina pela jovem, utilizados no crime.

    Após prestar depoimento em uma delegacia, dois dias após a localização do corpo, Júlia fugiu e permanece foragida. Em seu depoimento, ela tentou despistar a polícia, alegando ter deixado o apartamento após uma briga e afirmando que a vítima estava bem. Imagens de câmeras de segurança, no entanto, comprovam o contrário.

    Na segunda-feira após o crime, Júlia foi flagrada saindo do prédio com malas e, no sábado anterior, havia saído com o carro de Luiz Marcelo, mas retornou sem o veículo. Evidências que reforçam a sua ligação com o crime e a premeditação do assassinato.

    A polícia busca incansavelmente por Júlia e trabalha para elucidar todos os detalhes desse crime chocante que envolve obsessão, dívidas e frieza. A investigação do caso segue em andamento, com a expectativa de que a justiça seja feita e que todos os envolvidos sejam responsabilizados por seus atos.

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