Sem acordo com o Congresso, o governo decidiu retirar o projeto de lei sobre a reoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia do regime de urgência.
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A confirmação veio na noite desta quarta-feira (10) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após uma reunião com a relatora do texto na Câmara, a deputada Any Ortiz (Cidadania-RS).
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A possível demora na discussão pode acarretar uma perda de receita para o governo estimada em pelo menos R$ 12 bilhões neste ano, de acordo com as estimativas apresentadas por Haddad em janeiro. No final de dezembro, o governo havia editado uma medida provisória para revogar o projeto de lei aprovado pelo Congresso e reonerar a folha de pagamento para 17 setores da economia.
Em fevereiro, o governo concordou em converter parte da medida provisória em projeto de lei, após uma reunião com líderes de partidos da base aliada no Senado.
Haddad não mencionou um cronograma para a discussão dos projetos nem os impactos fiscais caso a desoneração seja prorrogada até 2027. Ao deixar o ministério horas antes, a deputada Any Ortiz apenas informou que o governo se comprometeu em retirar a urgência para permitir mais tempo ao Congresso para negociar o assunto.