Fernando Chucarro Dias, de 35 anos, preso desde 3 de março sob suspeita de agredir sua ex-companheira, que veio a falecer após 10 dias de internação, teve seu alvará de soltura expedido na tarde desta quinta-feira (11).
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A informação foi confirmada pela defesa do acusado, representada pelo advogado Welerson Cezar de Oliveira.
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Fernando enfrentará o processo em liberdade devido às condições favoráveis encontradas nos autos, além de seus bons antecedentes, conforme destacado na nota enviada à imprensa.
Segundo a polícia, o suspeito foi transferido da delegacia de Bela Vista para o presídio de Jardim, onde permanece atualmente.
Fernando será submetido a medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, e está proibido de se aproximar dos familiares da vítima, assim como de manter contato com eles por qualquer meio de comunicação.
A defesa ressaltou nas movimentações processuais que, durante a busca em sua residência, não foi encontrada nenhuma prova que comprometesse sua conduta.
Além disso, enfatizou que Fernando se apresentou voluntariamente na delegacia de Bela Vista no momento em que o mandado de prisão preventiva foi cumprido.
“Ele nega categoricamente todas as acusações e nós vamos apresentar provas para sustentar sua defesa”, acrescentou o documento.
Histórico – Gisely Duarte Galeano, 35 anos, faleceu após sofrer um aborto e permanecer internada por dez dias.
Em um boletim de ocorrência registrado na DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Ponta Porã, onde a vítima residia, sua irmã apontou o cunhado, Fernando, como autor das agressões que resultaram no aborto e posterior morte de Gisely.
Relembre o caso
De acordo com o relato da comunicante, Gisely e Fernando viviam no Jardim Primor, em Ponta Porã. No dia 3 de fevereiro, ela teria sido agredida pelo marido e impedida de acionar a Polícia Militar ou registrar ocorrência na Polícia Civil.
Após prometer denunciá-lo, Fernando deixou Ponta Porã e foi para Bela Vista, onde residem seus familiares. No dia 5, Gisely conseguiu registrar a ocorrência, mas, segundo a polícia, não quis solicitar medidas protetivas. A vítima já suspeitava de sua gravidez, mas ainda não havia realizado exames.
A irmã relata que, em 18 de fevereiro, Fernando entrou em contato com Gisely, que viajou até Bela Vista para encontrá-lo. Conforme a denúncia, Gisely foi agredida assim que chegou à cidade. No mesmo dia, ela retornou a Ponta Porã ferida, mas não revelou nada a ninguém.
No dia seguinte, a irmã conseguiu entrar na residência e encontrou Gisely deitada no sofá, queixando-se de fortes dores abdominais. Com a ajuda do pai, a vítima foi levada ao Hospital Cassems, onde foi constatado o aborto e um derrame cerebral.
Devido à gravidade do caso, Gisely Galeano foi transferida para Dourados, mas não resistiu aos ferimentos.
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