Em São Paulo, na cidade de Eldorado, localizada no Vale do Ribeira, sete trabalhadores foram libertados de condições extremamente precárias, equiparadas à escravidão, em uma fazenda de cultivo de bananas.
++Mulher é morta quando chegava em velório após ser perseguida pelo ex-companheiro, em MS
De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), estes indivíduos eram forçados a beber água de um córrego, entre outras adversidades.
++CRIME BÁRBARO: Homem que matou jovem a facadas é preso em Santa Catarina
O resgate aconteceu numa operação realizada na quinta-feira (21), envolvendo esforços conjuntos do MPT, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Registro. Os trabalhadores, oriundos da mesma região, moravam em acomodações improvisadas perto do local de trabalho.
Um dos resgatados havia chegado ao local apenas um dia antes da operação, enquanto outros já estavam na fazenda há aproximadamente cinco meses.
As condições de vida eram degradantes: os alojamentos não possuíam camas ou chuveiros, obrigando os trabalhadores a dormir em colchões espalhados pelo chão e a se banhar com água fria que jorrava de um cano. A única fonte de água potável era um córrego próximo, do qual coletavam água para beber.
Além disso, os trabalhadores eram expostos a agrotóxicos sem nenhum equipamento de proteção individual, como máscaras, luvas ou óculos, colocando sua saúde em risco direto.
“A condição encontrada pela equipe é de total precariedade, os trabalhadores estavam alojados em condições subumanas, sem sequer ter acesso à água potável de qualidade”, afirma o procurador Gustavo Rizzo Ricardo.
Como resultado da operação, o empregador acordou pagar R$ 80 mil referentes a direitos trabalhistas e adicionais R$ 80 mil por danos morais, com o valor sendo distribuído entre os trabalhadores resgatados. Este acordo foi formalizado por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
Não deixe de curtir nossa página no Facebook e também no Instagram para mais notícias do Jetss.