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    Coronel da PM do DF afirma que vai retirar das ruas policiais com problemas psicológicos após morte de soldado

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    Com a morte do soldado Yago Monteiro Fidelis, na manhã deste último domingo (14) por um colega de farda com problemas psicológicos, a comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Ana Paula Barros Habka, disse que a corporação vai retirar das ruas todos os policiais que precisam de ajuda psicológica.

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    A promessa é que os militares recebam tratamento médico. Além disso, a corporação firmou um novo convênio para cuidar da saúde da tropa.

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    “Nesse primeiro momento, a gente pensa no que está passando com os colegas que estavam trabalhando com ele no dia a dia, no 27º Batalhão. Então, de forma imediata, a gente está em contato com o psicólogo que vai dar assistência e que vai fazer um mapeamento para entender quem agora, imediatamente, precisa de uma assistência pontual”, afirmou a comandante-geral. Se for identificado risco, os militares não vão mais trabalhar nas ruas.

    “Os PMs serão submetidos a uma avaliação médica e psicológica. E, se precisar, a gente coloca na área administrativa ou terá o seu tempo de tratamento”, explicou a coronel. Após o mapeamento no 27º Batalhão, segundo a comandante-geral, a operação seguirá em marcha para toda a tropa. “O pós-traumático é para todos aqueles ao redor. A gente sabe que toda a corporação sente isso”, reforçou.

    O policial militar foi sepultado na manhã desta terça-feira (16/1), em cerimônia emocionada, no cemitério do Gama. Yago foi morto pelo segundo-sargento Paulo Pereira de Souza, colega de patrulha, com um tiro na cabeça, no domingo (14/1), no Recanto das Emas. Após o disparo, o militar tirou a própria vida.

    Segundo a comandante-geral, Yago era um exemplo e, mesmo com pouco tempo na PMDF, lutava diariamente para garantir o melhor à sociedade. “A respeitosa continência foi dada a um herói”, afirmou. Ao ser nomeada para o comando, a coronel assumiu o compromisso de cuidar da saúde mental da tropa. “Eu sei do estresse que é a nossa carreira. Eu vivo isso há 30 anos. E tenho obrigação de cuidar do nosso policial”, afiançou.

    A PMDF prepara uma reunião sobre a questão ainda nesta terça-feira. “Eu sinto muito a gente não poder evitar o que aconteceu”, lamentou. Segundo a comandante-geral, a Procuradoria-Geral do DF autorizou a contratação de profissionais da Associação Médica Brasileira para atendimento no Centro Médico da Polícia Militar. Além disso, todos os quartéis irão receber centros de capacitação social, capelanias, para cuidar da tropa.

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