Após receber os 32 brasileiros resgatados da Faixa de Gaza em Brasília na noite de terça-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou Israel de praticar “terrorismo”, afirmando que o país não considera a presença de crianças e mulheres que não estão envolvidas em conflitos. Lula também mencionou o número de crianças desaparecidas e condenou a violência brutal e desumana contra inocentes.
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Essa é a primeira vez que Lula faz essa comparação. Anteriormente, ele e seu assessor especial, Celso Amorim, utilizaram a palavra “genocídio” para descrever a ação militar de Israel. O Partido dos Trabalhadores também equiparou as ações do Hamas às de Israel, condenando ambos os lados pelos assassinatos e sequestros de civis.
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As declarações de Lula coincidem com críticas mais contundentes dos governos da França e dos Estados Unidos, que também expressaram preocupação com o alto número de mortes em Gaza. Também ocorrem após atritos do governo com o embaixador israelense, que recebeu o ex-presidente Jair Bolsonaro em uma reunião em Brasília.
Os brasileiros resgatados em Gaza enfrentaram restrições de alimentos e água durante mais de um mês de guerra. Duas crianças chegaram ao Brasil com quadro de desnutrição e receberam atendimento médico imediato. Profissionais de saúde das Forças Armadas que acompanharam o grupo afirmaram que, de maneira geral, o estado de saúde deles é bom e estável, porém todos necessitam de acompanhamento devido ao estresse e à falta de alimentação adequada.
Lula se comprometeu a auxiliar na retirada de mais brasileiros de Gaza e da Cisjordânia, afirmando que o Brasil fará todo o esforço possível por meio da diplomacia para trazer todas as pessoas que estejam sofrendo e queiram retornar ao país. Ele também mencionou que está sendo elaborada uma segunda lista com pessoas interessadas em deixar a zona de guerra.
“Hoje é um dia de alegria para o Brasil. Recebemos os 32 repatriados da Faixa de Gaza, entre crianças e adultos brasileiros e seus parentes palestinos. Não descansaremos até que todos que quiserem retornar estejam em solo brasileiro e o conflito chegue ao fim”, declarou o presidente.
Os repatriados foram recepcionados por autoridades brasileiras, incluindo a primeira-dama Janja da Silva, ministros e comandantes das Forças Armadas.
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