Após novas normas de acesso a armas no país serem assinadas na última sexta-feira (21) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente do Proarmas, o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS), chamou o decreto de “calamidade”.
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Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), o parlamentar disse esta semana que vai buscar apoio no Congresso para derrubar as novas regras.
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Veja o que Polon disse em um vídeo publicado em seu canal do Youtube:
“Tem um lado que nos dá um pouco de esperança: o governo errou a mão, foi com muita sede ao pote, fez um decreto drástico, absurdo porque todos entendiam que era razoável algo parecido com o que havia no governo anterior da Dilma [Rousseff], mas ele [Lula] vem e faz uma intervenção drástica, absurda, que praticamente vai extinguir o segmento no Brasil”.
“Creio eu que há uma possibilidade real deste decreto ser derrubado, primeiro porque assusta muitos deputados que surpreendentemente ainda estão na base do governo e, claro, hoje nós temos o apoio do bancada do agro, que é a bancada mais forte do Congresso, que é a Frente Parlamentar da Agropecuária”, acrescentou.
Para Polon, o decreto tem vários pontos problemáticos, mas não detalhou quais seriam. Apenas citou a possibilidade de confisco das armas, que não consta no decreto.
Já na última segunda-feira (21), no dia em que o decreto foi assinado, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que o governo federal fará um programa de recompra de armas, mas as normas desse projeto ainda serão definidas.
Dino só citou a hipótese de que os donos de armas entreguem seus equipamentos de forma voluntária.
A insatisfação de Pollon foi declarada após Lula (PT) dizer que pretende fechar todos os clubes de tiro do país e deixar aberto apenas espaços para as polícias Militar e Civil ou do Exército.
No decreto, também consta a restrição que reverte a política de crescente flexibilização observada ao longo da gestão Bolsonaro.
O decreto passa agora a responsabilidade para a Polícia Federal (PF) a fiscalização dos chamados CACs (caçadores, atiradores e colecionadores). Até então, essa atribuição ficava sob a responsabilidade do Exército.
Outra mudança é a significativa redução do limite de armas por pessoa.
O que na gestão de Bolsonaro, um atirador podia ter até 60 unidades (sendo 30 classificadas como de uso restrito das forças de segurança e Forças Armadas). Agora, o número cai para 16 (sendo 4 de uso restrito).
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