Na última sexta-feira (30) o ex-presidente Jair Bolsonaro foi julgado e condenado inelegível a 8 anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
++Lula critica Bolsonaro em discurso na Bahia: “Coisa ruim”
A ação do TSE foi contra Bolsonaro que disse, durante reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, que não acreditava no sistema eletrônico de votação brasileiro. A legalidade do encontro foi questionada pelo PDT, que moveu a ação e levou Bolsonaro à inelegibilidade até 2030.
++TSE volta a julgar Bolsonaro, que pode torná-lo inelegível
Na época, o ex-presidente falou aos embaixadores que desconfiava da eletrônica e que, na opinião dele, a votação deveria ser ditada.
Posts revelados
Mas, nesta última segunda-feira (3), uma bomba caiu no meio político após postagens antigas serem desencavadas pelo Deputado Federal Nikolas Ferreira nas redes sociais que mostram que um dos principais ministros do governo Lula, Flávio Dino, questiona, critica e expressamente denuncia fraudes em urnas eletrônicas brasileiras.
Contradição na fala
Vale ressaltar, que Dino também apoiou a votação que tornou Bolsonaro inelegível pelo mesmo tema e que, no mesmo dia da condenação, ele iria acionar a Advocacia-Geral da União contra o ex-presidente.
“A decisão do TSE prova a perpetração de ataques abusivos ao Sistema de Justiça e à ordem jurídica”, resumiu Dino no dia.
As provas
No twitter, Dino, por exemplo, alerta para a “comprovação científica” de que as urnas brasileiras são “suscetíveis a fraudes”.
Pelo mesmo tema, atualmente, Dino tem criticado o ex-presidente Jair Bolsonaro por criticar o sistema eleitoral, mas ainda não comentou a série de postagens que podem ser consideradas “ataques à democracia”, como ele próprio descreveu esse tipo de pronunciamento.
Em 2010, então filiado ao PCdoB, Dino ironizava a atuação do Supremo Tribunal Federal:
Em 2012, já afirmava que o sistema de urnas eletrônicas “propicia diversas fraudes”:
Em 2012, Dino já denunciava a possibilidade de fraude na urna e como poderia eventualmente “alterar o resultado final”.
Em 2013, por exemplo, então presidente da Embratur indicado pela presidente Dilma Rousseff, Dino foi ao Twitte e disse:
No ano seguinte, em 2014, ainda no governo Dilma, ao comentar matéria do jornal Valor Econômico, Dino disse “concordar totalmente” com a afirmação do título da matéria: “Urna eletrônica é falha, alerta MP”.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook e também no Instagram para mais notícias do JETSS.