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    Menino que teve braço reimplantado reencontra mototaxista que ajudou a salvar sua vida

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    Davi Geovane, de 8 anos, sobreviveu a um grave acidente de ônibus e teve o braço reimplantado graças à coragem e rapidez do mototaxista Diego Mendes. Após a cirurgia, eles tiveram um reencontro emocionante, que foi exibido no Fantástico no último domingo (22).

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    A história dos dois começou no dia 6 de setembro, após um grave acidente de ônibus na Zona Norte do Rio de Janeiro, que deixou Davi sem o braço. Diego, que chegou ao hospital transportando duas pessoas em sua moto, teve um papel fundamental na assistência ao menino, que estava com o ferimento coberto por um casaco.

    Cerca de 20 minutos após levar Davi e sua mãe, Aparecida Guimarães, para o hospital, Diego retornou ao local do acidente. Ele trouxe uma bolsa de entrega contendo o braço amputado do menino, preservado em gelo, essencial para o sucesso do reimplante que seria realizado pelos médicos.

    O acidente ocorreu por volta das 22h20, quando um ônibus tombou, ferindo 26 pessoas. A atendente Lidiane Cristina Viana testemunhou a velocidade do ônibus: “O motorista costuma ir devagar. Hoje, ele veio muito rápido. Quando o ônibus desceu do viaduto, ele perdeu o controle e virou”. 

    Diego chegou ao local do acidente antes mesmo dos bombeiros. “Eu vi o Davi saindo do ônibus e, quando olhei pra ele, ele já estava sem o bracinho. Naquele momento de desespero, a única coisa que eu queria era tirar ele dali e correr pra um hospital mais próximo”, contou o mototaxista. A mãe de Davi, emocionada, relembrou: “Aí ele virou para mim e disse ‘vamos mamãe’, vamos logo para o hospital. Eu chorava demais. Esse menino foi forte o tempo todo”.

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    A curta distância até o pronto-socorro, cerca de um quilômetro e meio do local da tragédia, foi crucial para ajudar Davi. Além disso, a comerciante Patrícia Brito, que estava em um bar em frente ao acidente, encontrou o braço de Davi e conseguiu gelo para preservá-lo.

    Após entregar a cachorrinha de Davi, Pandora, a uma amiga da família, Diego seguiu para o hospital. “Até aquele momento, a gente não sabia se ia dar certo ou não [o reimplante]. Mas a gente tinha que encarar, é assim que a gente encarou”, contou Ricardo, diretor do hospital.

    O médico responsável pelo procedimento, Rudolf Kobig, explicou que “o braço estava perfeitamente acondicionado em água e gelo dentro de um saco plástico; se estivesse em contato direto com o gelo, teria congelado.” A parte amputada pode resistir até duas horas sem resfriamento e até seis horas se embalada em plástico e conservada em água com gelo.

    O procedimento de reimplante durou mais de cinco horas, com os cirurgiões utilizando um microscópio de alta definição para reconstruir vasos e artérias com um fio de nylon, mais fino que um fio de cabelo. Agora, o pequeno segue se recuperando.

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